Mercado avalia Casa de Pedra em US$ 4 bilhões

Após o lançamento das ações da MMX, nova mineradora de ferro brasileira, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o mercado começa a fazer contas para o projeto da mina de Casa de Pedra da Cia. Siderúrgica Nacional (CSN). A empresa poderá fazer uma oferta inicial de ações até o final do ano ou vender parte minoritária do projeto, entre 20% a 30%, para um parceiro estratégico.


Em relatório divulgado ontem, o analista de siderurgia da Merrill Lynch, Marcelo Aguiar, com base no resultado da oferta inicial da MMX, estimou um valor mínimo para a mina Casa de Pedra entre US$ 3,7 bilhões e US$ 4 bilhões. Segundo seus cálculos, se a participação de 32% da CSN na MRS Logística for adicionada a este lançamento, seriam adicionados mais US$ 900 milhões ao valor da mina, totalizando US$ 4,6 bilhões para os dois ativos.


Este valor, porém, não embute a questão da cláusula de preferência que a CSN mantém com a com a Vale do Rio Doce em relação ao minério de ferro de Casa de Pedra. Marcelo Aguiar afirma que, em termos do valor do ativo (fluxo de caixa projetado para Casa de Pedra) não deverá haver qualquer tipo de desconto. O analista considera que a Vale compraria minério da CSN a valor de mercado, como ocorreu no único contrato de venda firmado entre as partes, no total de 54 milhões de toneladas, a serem entregues nos próximos 10 anos.


Mas Aguiar admite que em contatos com investidores, um dos pontos de dúvida deles será esse (o contrato com a Vale). Ou seja, há questões sobre se esta pendência jurídica com a Vale no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) possa ter influenciado o atraso da expansão de Casa de Pedra nos últimos anos.


Na visão do analista, a única forma de o mercado diminuir a incerteza sobre este ponto é a CSN assinar contratos de venda de minério de Casa de Pedra ou realizar algum valor para a mina, seja fazendo a oferta inicial de ações em bolsa ou vendendo participação minoritária para parceiro estratégico.


Atualmente, o mercado está estimando em US$ 2,1 bilhões o valor de Casa de Pedra mais a MRS por conta das incertezas e dos atrasos da CSN na implementação do projeto da mina. Para uma precificação correta destes ativos e para injetar confiança no mercado quanto à operação de lançamento de ações, a siderúrgica precisa entregar a operação ao mercado, destaca Aguiar em seu relatório.


Na semana passada, o diretor de mineração da CSN, Juarez Saliba, disse que uma definição sobre qual o melhor caminho ocorrerá até o fim do ano. Procurado pelo Valor, a assessoria da CSN informou que Saliba está de férias.


O presidente e controlador da CSN, Benjamin Steinbruch, tem dito que, em setembro, poderá ter uma definição sobre este negócio. O executivo também não foi localizado. No mercado circulam rumores de que a CSN já teria contratado o Crédit Suisse para a operação.


Na avaliação de Marcelo Mesquita, estrategista para Brasil do banco suíço UBS, não há dúvida de que há demanda dos investidores por minério de ferro e uma oferta inicial por papéis da mina de Casa de Pedra seria bem recebida pelo mercado. Observa, entretanto, que cada mina tem sua economia específica, seu valor. Principalmente Casa de Pedra, cuja questão relevante é o contrato com a Vale ainda na Justiça. Como vai ser resolvida esta briga?. Mesquita crê que a questão poderá influir na operação de lançamento. Se esta pendência fosse irrelevante, não estaria havendo uma disputa por ela.


Para ele, a briga com a Vale não será impeditivo para a oferta primária de Casa de Pedra, mas poderá levar o investidor a querer um desconto pelo papel. A ação terá procura. O investidor aceita a pendência, mas não quer pagar por ela. E vai dar um desconto para este problema, dependendo da explicação que lhe for oferecida. Será preciso explicar qual o preço que vigora para os contratos de venda da mina. Este é um assunto que terá que ser melhor avaliado.

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Fonte: Valor Econômico

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