O risco do apagão logístico

Estudo do Centro de Estudos em Logística (Cel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro mostrou que as empresas brasileiras gastam 56% a mais que as norte-americanas para fazer com que a produção alcance o destino final. No Brasil, por esta pesquisa, o custo logístico equivale a 12,8% do PIB. Nos EUA, obedecidos os mesmos padrões, este custo é de 8,1% do PIB.


Apesar dessa diferença, o mais grave, como mostrou o analista Raul Veloso, é que os gargalos da infra-estrutura ainda não revelaram todo o seu potencial de prejuízo, porque a taxa de crescimento do PIB no Brasil está bem abaixo da média dos outros países emergentes. Aliás, vale lembrar que, sem a redução desses gargalos, sequer as metas de expansão previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias serão alcançadas.


Transporte e logística são os principais gargalos da infra-estrutura. Neles, os investimentos são especialmente urgentes. O setor elétrico é o segundo no ranking dos obstáculos para o desenvolvimento. É fato que este setor, depois do apagão de 2001, recebeu investimentos, estatais e privados, e até para situações emergenciais foram previstos recursos. Porém, após alguns anos, do apagão sobrou a memória do susto e não são poucos os especialistas que alertam para o ano-limite de 2009, quando será atingido o equilíbrio entre capacidade de geração e consumo previsto.


A urgência nos cuidados logísticos está, obviamente, no setor de transporte. A Associação Nacional dos Usuários de Transporte de Carga (Anut) estima que 80% dos cerca de 130 mil quilômetros de rodovias pavimentadas no Brasil estão em mau estado de conservação. O frete em estrada ruim custa 40% a mais, repassando-se, claro, o custo para o consumidor final. Se a estrada está em péssimo estado, o extra vai a 70%.


Este é o motivo básico para que o custo médio do transporte nos EUA (US$17 por mil toneladas por quilômetro útil) tenha preço bem mais baixo do que o do Brasil: US$ 25 por mil toneladas por quilômetro útil. Estudo do consultor Keiji Kanashiro mostrou que um maior equilíbrio na matriz de transportes, utilizando hidrovias e ferrovias, reduziria o custo logístico em US$ 8 bilhões/ano.


Nos cálculos da Anut o governo deveria investir R$ 13 bilhões para recuperar, em até dois anos, as malhas rodoviária e ferroviária. Só com as estradas seriam consumidos R$ 9,6 bilhões. Nem em sonho de noite de verão recurso deste porte será alocado para este fim. Na verdade, sequer o recurso autorizado é empenhado. Em 2005, o governo federal conseguiu aplicar R$ 3,2 bilhões em infra-estrutura, exatos 36,1% do recurso autorizado pela equipe econômica.


Porque esta é a realidade orçamentária da União, a Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústria de Base (Abdib) propõe que o Estado brasileiro crie as condições para a iniciativa privada investir em infra-estrutura, seja como investidor, financiador, prestador de serviço ou fabricante de equipamento.


O caso do setor rodoviário é exemplo dos benefícios do emprego do capital privado. Segundo levantamento da Abdib, referência de dezembro de 2005, 78,4% da extensão das estradas sob responsabilidade de concessionárias está em condições boas ou ótimas e 21,6% em estado regular, ruim e péssimo.Nas rodovias federais, os números são inversos: apenas 25,3% estão em condições razoáveis.


Porém, na malha ferroviária, segundo a Anut, a privatização reduziu a oferta em 4 mil quilômetros pelo fechamento dos trechos considerados antieconômicos e demonstra que o setor ferroviário continua à espera dos investimentos para sua recuperação.


Há diferentes alternativas para recuperar infra-estrutura. Fundos de participação são importante fonte de recursos. Essas carteiras já direcionaram R$ 2,5 bilhões para infra-estrutura. Só o fundo InfraBrasil já reuniu R$ 620 milhões para investimentos no setor. O governo federal garante que o primeiro edital de Parceria Público-Privada, base para investimentos novos em in

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Fonte: Gazeta Mercantil – Editorial

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