O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o ABN Amro Real e algumas das mais importantes fundações de previdência do País se juntaram para a criação de um fundo de investimento que financiará o desenvolvimento da infra-estrutura no Brasil. Trata-se do InfraBrasil, um fundo fechado, constituído sobe a forma de Fundo de Investimento em Participações (FIP), e que será administrado pelo ABN Amro Real. Ele nasce com um patrimônio de R$ 620 milhões e pode chegar a R$ 1 bilhão nos próximos meses.
O fundo vai financiar projetos de infra-estrutura do setor privado por meio de investimentos em ações e instrumentos de dívida de longo prazo em moeda local nas áreas de logística (rodovias, ferrovias, portos e aeroportos), telecomunicações, distribuição de gás, energia (geração, transmissão e distribuição), água e saneamento.
Para a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), a criação do InfraBrasil demonstra a consciência que os fundos de previdência têm sobre a importância da necessidade de viabilizar que a poupança privada existente no País se destine fundamentalmente, dentro das possibilidades, à questão da infra-estrutura do setor produtivo.
“Acho que esse é um grande desafio que nós vamos ter de enfrentar e será uma das questões cruciais para viabilizar a ampliação do desenvolvimento da infra-estrutura no País”, disse a ministra, que participou ontem do lançamento do fundo na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).
A ministra afirmou ainda que a questão da infra-estrutura é um dos elementos fundamentais para o processo de desenvolvimento sustentado do País. “No Brasil, não existia esse tipo de financiamento até então porque não se tinha chegado a esta etapa de estabilidade e crescimento econômico que temos hoje”, disse a ministra na saída do evento.
O BID, idealizador do fundo, participa como credor, com um empréstimo de até US$ 75 milhões. A estruturação do InfraBasil contou também com a participação dos fundos de pensão formados por funcionários da Caixa Econômica Federal (Funcef), do Banco do Brasil (Previ), da Vale do Rio Doce (Valia) e da Petrobras e de acionistas da Telemar (Petros). Além disso, o Banco do Brasil, Banesprev (trabalhadores do Banespa), Banco Real e outros investidores também assumiram compromissos de investimento no primeiro fechamento do fundo.
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