Tudo nos trilhos

A frota ferroviária brasileira – estimada em 80 000 vagões – demorou seis décadas para dobrar de tamanho. Estacionada durante 20 anos, a produção só começou a recuperar fôlego em 2002. Nesse curto período foram fabricados quase 40% dos 40 000 vagões hoje utilizados pelas ferrovias. À frente desse avanço está a Amsted Maxion, de cuja linha de montagem saíram 88% dos 7 200 vagões produzidos no país em 2005. A receita da empresa, que havia crescido 85% em 2004, aumentou 73% em 2005, totalizando quase 600 milhões de dólares. O lucro líquido, de 30 milhões de dólares, dobrou de um ano para outro. A boa rentabilidade e investimentos na produção garantiram à Amsted Maxion o melhor desempenho do setor de siderurgia e metalurgia.


Seu aumento de receitas só foi inferior, no setor, ao da TenarisConfab (113%), beneficiada por encomendas para a reforma de gasodutos no Brasil e na Argentina. O cenário que permitiu à Amsted Maxion brilhar foi desenhado em duas frentes. No mercado interno, pelo crescimento das exportações de minério de ferro e de produtos agrícolas, responsáveis pelo aumento das encomendas de vagões. No externo, pela ampliação das vendas ao setor ferroviário americano e de peças para máquinas de construção e mineração, encomendadas por clientes globais, como Caterpillar e Komatsu. As exportações, que representavam 10% de nossa receita em 2003, já correspondem a 17%, diz José Antonio Rodrigues, presidente da Amsted Maxion.


As exportações das siderúrgicas brasileiras geraram receita de 6,5 bilhões de dólares em 2005, aumento de 22% em relação a 2004. Esse desempenho é resultado dos preços internacionais favoráveis e da exportação de produtos mais nobres, diz Luiz André Rico Vicente, presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS). Mas, enquanto o mercado internacional cresceu 6%, a produção nacional caiu 3,9%. O volume menor foi compensado por margens maiores, o que nos garantiu resultado semelhante ao de 2004, diz Joaquim Salazar, presidente da Aços Villares.


No mercado doméstico, os resultados foram afetados pelo elevado nível de estoques e pela queda de 9% no consumo. Apenas a indústria automotiva manteve o volume de compras, diz Rico Vicente. Para Otávio de Garcia Lazcano, diretor financeiro da CSN, em 2005 as siderúrgicas fizeram uma pausa para absorver os estoques. Para frear a queda de 20% ocorrida nos preços internacionais na primeira metade do ano, as empresas reduziram o ritmo de produção, diz Lazcano.


A Amsted Maxion é uma associação entre o grupo brasileiro Iochpe Maxion e a Amsted Industries, a maior fundição de equipamentos ferroviários dos Estados Unidos. Antes da associação, em 2000, a Maxion produzia peças para os setores de açúcar e álcool, petroquímico, siderúrgico e naval. Até 2002, a empresa contava apenas com uma unidade industrial, em Cruzeiro, no interior de São Paulo. Decidimos investir na ampliação da capacidade, acreditando nos sinais de retomada do setor ferroviário após as privatizações, diz Rodrigues. Nos últimos três anos, foram aplicados 100 milhões de reais na montagem de uma nova fundição em Osasco, na Grande São Paulo, e na aquisição das antigas instalações da Cobrasma, em Hortolândia, no interior paulista.


Rodrigues afirma que ficará mais difícil repetir em 2006 os números alcançados nos últimos dois anos. É natural que as encomendas diminuam, uma vez que os clientes estão abastecidos, diz. Para não perder rentabilidade, a Amsted Maxion pretende reforçar a gestão de custos e incrementar as exportações, mantendo o nível de atividade nas fábricas em pelo menos 70%. A indústria de aço caminha na direção contrária. Até 2005, a siderurgia brasileira estava voltada para melhorias operacionais e enobrecimento dos produtos. O foco dos novos projetos, como a expansão da Belgo-Arcelor e a nova usina da Gerdau, é a ampliação da capacidade, diz Rico Vicente, do IBS. A CSN, por exemplo, deve investir 3 bilhões de dólares nos próximos cinco anos para dobrar

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Fonte: Exame – Especial Maiores e Melhores

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