Representantes da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Santarém, da Alcoa e de entidades representativas das famílias do assentamento Socó I, localizado em Juruti, estiveram reunidas na tarde da última sexta-feira (22).
Em pauta, as compensações individuais e coletivas a serem providas pela Alcoa para as famílias do Socó I. A empresa, que está instalando uma mina de bauxita em Juruti, tem interesse de construir uma ferrovia cujo trajeto engloba parte da área do assentamento.
A reunião fecharia as negociações, mas as entidades representativas das famílias do Socó I pediram mais 30 dias para apresentar uma proposta. O prazo foi concedido, a contar do dia 2 de outubro. No rol das reivindicações dos assentados, estão a construção de escola e estradas, além do pagamento de indenização para as 40 famílias que serão diretamente afetadas pela construção da ferrovia. O Socó I possui pouco mais de 340 famílias.
Na oportunidade, o superintendente regional do Incra em Santarém, Pedro Aquino de Santana, atendendo a pedido do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Juruti, anunciou que um assistente da Procuradoria Jurídica do Instituto, um engenheiro agrônomo e um engenheiro florestal estarão à disposição para a conclusão da proposta dos assentados.
Na reunião, foram colocadas as propostas da Alcoa – formalizadas em processo perante o Incra no último dia 19 de setembro – para os assentados. Dentre as propostas, estão a demarcação do perímetro do assentamento, a delimitação individual dos lotes, a construção de uma escola e de um micro sistema de abastecimento de água.
No dia 6 de novembro, haverá uma outra reunião envolvendo Incra, Alcoa e as famílias do Socó I para o fechamento das negociações. Até lá, a empresa mineradora também terá de apresentar o projeto básico de construção da ferrovia, no trecho que atravessa o assentamento, para análise por parte da Procuradoria Jurídica do Incra.
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