Suape pode ficar sem Transnordestina

Clique no mapa ao lado para ampliar.


Um dos grandes desafios de 2007 é fazer com que o ramal pernambucano da Ferrovia Transnordestina saia do papel. A ferrovia vai ligar a cidade de Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Pecém, no Ceará, e ao de Suape. No meio empresarial, circula uma versão de que será construído somente o ramal que sai de Eliseu Martins, corta Pernambuco, passando por Salgueiro e segue para o Ceará, excluindo Suape. O trecho no qual as obras foram iniciadas passa por Salgueiro e segue no sentido do Ceará por mais de 100 quilômetros. O projeto custará R$ 4,5 bilhões e prevê a implantação de 1.860 quilômetros de linha férrea, dos quais 905 quilômetros serão de linhas novas.


“O que está faltando é a decisão política para que o ramal pernambucano vire uma realidade, porque pela lógica econômica ele tem viabilidade”, disse o vice-presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger. Embora a obra esteja sendo feita pela Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) com empresas privadas, grande parte dos recursos – mais de R$ 3 bilhões – vai sair do extinto Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (Finor), Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os três são gerenciados pelo governo federal.


Uma das promessas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Transnordestina vai alavancar o desenvolvimento do Nordeste, impulsionando a indústria, provocando a redução de custos de transporte, que hoje se dá principalmente pelo meio rodoviário.


Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, a ferrovia é o principal projeto para o setor. Na opinião dele, os incentivos fiscais não bastam para atrair empreendimentos privados. Com a implantação de uma malha ferroviária, contudo, a tendência dos custos de logística é cair. “Não há incentivos fiscais que compensem uma deseconomia com transporte. E o ferroviário é o modal mais barato.”


Monteiro Neto diz que, embora as obras da Transnordestina estejam sendo tocadas lentamente, crê mais no projeto do que do da Transposição de Águas do Rio São Francisco (leia matéria abaixo). “Pelo menos, (a ferrovia) tem fonte de recursos.”


Embora o início das obras tenha sido anunciado em meados de agosto, os serviços da Transnordestina foram embargados em setembro. O motivo foi o descumprimento, pela CFN, de exigências previstas na licença de instalação do primeiro trecho da ferrovia, nos 110 quilômetros que vão de Missão Velha a Salgueiro. Em outubro, as obras foram novamente liberadas pelo Ibama, num trecho de 10 quilômetros.


A ferrovia barateará custos para o gesso produzido no Sertão do Araripe, grãos do sul do Piauí e do oeste da Bahia.Na semana passada, o próprio BNDES saiu em defesa da necessidade de investimentos no modal ferroviário, no Nordeste e em outras regiões. Para isso, planeja, até 2010, desembolsar R$ 12,5 bilhões para a aquisição de vagões, locomotivas, ampliação e manutenção da malha e dos trilhos.


PRAZOS – De acordo com a CFN, o primeiro ramal da Transnordestina, que ligará Eliseu Martins a Suape, será concluído até 2010. O segundo, interligando o município ao Porto de Pecém, tem previsão de estar pronto até 2013. Foram sete anos para costurar a engenharia financeira da Transnordestina, pois a CFN não queria usar recursos próprios nas obras. Um outro ponto que demandou tempo e estratégia da CFN foi a incorporação, pela empresa, da Transnordestina S/A.


A idéia de construir uma ferrovia conectando o sertão nordestino ao litoral da região data de 1874, ainda com um projeto bastante embrionário. A construção da Transnordestina foi promessa de pelo menos os três últimos presidentes da República.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*