A construção do trecho Araguaína/Palmas da ferrovia Norte-Sul, de 358 quilômetros, orçada em R$ 1,73 bilhão, será financiado pela União. A notícia da liberação dos recursos sai depois de quase um ano de expectativa para a realização de leilão para angariar recursos para a continuação da obra. De acordo com o presidente da Valec (estatal responsável pelo empreendimento), José Francisco das Neves, o governo federal garantiu nesta segunda-feira, 4, a verba necessária para a continuação da obra em solo tocantinense. “Esperamos concluir a Norte-Sul até Palmas em 2008”, revelou o presidente da Valec.
A Ferrovia Norte-Sul é um dos maiores projetos de infra-estrutura do País, orçado em mais de R$ 4,5 bilhões. No total, a estrada de ferro terá 2.200 quilômetros vai de Belém (PA), até Senador Canedo (GO). “No trecho Açailândia (MA) Belém (PA) possivelmente usaremos a Lei das Parcerias Público Privadas (PPP)”, informou o presidente da Valec.
A continuação das obras da Norte-Sul no Estado também é resultado de pleitos do governo Marcelo Miranda junto ao governo federal. Prova desse empenho é o compromisso assumido pelo presidente Lula, de retomar as grandes obras de infra-estrutura no País, e aí está inclusa a Norte-Sul. Tal compromisso foi assumido e tornado público no primeiro discurso do presidente reeleito, em São Paulo, ocasião que contou com a participação do governador reeleito Marcelo Miranda (PMDB). “Com a Ferrovia Norte-Sul, um sonho de todos os tocantinenses, o Estado dará mais um grande passo rumo ao seu pleno desenvolvimento. Ganham o governo, a população e a economia da região, de forma que esse é mais um ganho para o Tocantins”, disse Marcelo.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
“A estrada está 20 anos atrasada. Se estivesse pronta, estaria trazendo vários benefícios para a agricultura”, afirma o diretor da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça. Segundo ele, além de levar desenvolvimento para a região, a obra vai melhorar o escoamento de produtos como grãos, farelo, fertilizantes, açúcar, álcool e algodão, entre outros.
Seja o primeiro a comentar