A Ferroeste listou durante reunião no BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul) uma série de propostas e investimentos que serão incluídas nas diretrizes do Plano Plurianual (PPA) do governo do Paraná, a vigorar entre os anos de 2008 a 2011. Estão previstos a construção de armazéns em Cascavel, Guarapuava e Paranaguá, estudos de viabilidade técnica e econômica-financeira de trechos ferroviários para conclusão do Corredor Oeste, ligação das regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Oeste do Paraná e Mato Grosso do Sul ao litoral do Estado, além da reforma, manutenção e aquisição de vagões e locomotivas.
“Projetamos um orçamento com investimentos e ações prioritárias que vão garantir o escoamento da safra agrícola de pequenos produtores e a manutenção de cargas da região Oeste e do Mato Grosso até o Porto de Paranaguá”, destacou o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes. As propostas elencadas pela Ferroeste integram o eixo para o crescimento econômico do Estado nos próximos quatro anos e serão apreciadas pelos deputados na Assembléia Legislativa ainda este ano.
No total, a empresa estima um investimento superior a R$ 2,2 bilhões até 2011, quando vence o PPA que está sendo elaborado Secretaria Estadual de Planejamento, em conjunto das demais secretarias. O Paraná, na opinião de Samuel, é o único estado da federação com possibilidade de fazer uma política de transporte ferroviário, praticando tarifas com base nos custos de produção e transferindo os benefícios aos pequenos produtores.
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Frota – De acordo com a proposta, em 2008 a Ferroeste projetou a aquisição de oito locomotivas e a manutenção dos vagões programados para aquisição em 2007. Atualmente a Ferroeste dispõe de uma frota de 13 locomotivas e 50 vagões mantidos na operação através de um decreto de requisição baixado pelo governador Roberto Requião.
Para o próximo ano a Ferroeste programou cinco estudos de viabilidade econômica e financeira de trechos ferroviários entre Curitiba e Guarapuava, Paranaguá e Curitiba, Guapira e Cascavel e Cascavel e Foz do Iguaçu, além do ramal ferroviário do Porto do Mercosul, no litoral do Estado. É o chamado Corredor Oeste, frisa o presidente. A construção do trecho ferroviário entre Cascavel e Campo Mourão está prevista para os anos de 2010 e 2001, segundo a planilha.
Se a projeção de novos trechos ferroviários parece ousada, é no atendimento aos pequenos produtores do Paraná que a Ferroeste terá uma atenção especial. “Esta é uma determinação expressa do governador Roberto Requião, porque nos 10 anos de concessão à iniciativa privada, os pequenos produtores ficaram excluídos da ferrovia”, destaca Samuel. De acordo com a planilha, em 2008 está prevista a construção de três armazéns para receber os grãos produzidos nas regiões de abrangência da ferrovia.
O primeiro e maior será construído junto ao terminal ferroviário de Cascavel, no Oeste do Paraná. A estrutura terá capacidade para armazenar até 120 mil toneladas. A Ferroeste projetou ainda a construção de armazéns em Guarapuava, com capacidade de 60 mil toneladas e outro em Paranaguá, com capacidade de estocagem de 30 mil toneladas.
Contexto – A Ferroeste foi construída de 1991 a 1994, no primeiro mandato de Requião, em parceria de dois batalhões do Exército brasileiro, ao custo de US$ 363 milhões – recursos exclusivos do Estado. A linha férrea possui 248 quilômetros que ligam Cascavel à Guarapuava (Oeste ao Centro Oeste do Paraná). No final de 1996, o ex-governador Jaime Lerner privatizou o trecho, tendo como vencedora a Ferropar, única inscrita na licitação, com uma oferta de R$ 25 milhões.
A concessão durou até o dia 16 de dezembro de 2006, quando a justiça determinou a falência da Ferropar por conta de uma dívida com o Estado superior a R$ 80 milhões. “Como assumimos a ferrovia no final do ano, a previsão de gastos do Governo do Estado para 2007 já estava aprovada pela Assembléia e não havia orçamento suficiente para
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