MP exige manutenção dos trilhos da FCA

O Ministério Público espera que a FCA (Ferrovia Centro Atlântica), empresa que administra o ramal ferroviário de Ribeirão Preto, apresente, em 15 dias, um planejamento para garantir a limpeza e a manutenção dos trilhos. O prazo foi dado na última sexta-feira, dia 22, pelo promotor Naul Felca, após nova vistoria realizada por ele e pela Fiscalização Geral da prefeitura.

Felca quer que a empresa elabore um cronograma periódico de retirada de lixo próximo à linha férrea, cerque as áreas consideradas críticas para evitar o acesso de populares e a ocupação por barracos, crie uma campanha educativa para orientar moradores sobre a importância de preservar o entorno dos trilhos e incentive a implantação de um trem turístico, uma iniciativa de um associação de profissionais liberais e ex-ferroviários, que, na opinião dele, facilitaria a manutenção do trecho que liga as estações do Barracão e da Mogiana, conforme mostrou a Gazeta em 1º de março deste ano.

O promotor não ficou satisfeito com o que viu na semana passada. Segundo ele, houve pequenas melhoras em relação à primeira operação, realizada em setembro do ano passado, mas o acúmulo de entulho ainda é preocupante. “Alguns dos problemas foram corrigidos, mas constatamos que, em outros, existe a necessidade iminente de limpeza. Não estão como deveriam estar”, afirma Felca.

Nos próximos dias, o promotor pretende vistoriar a região leste, a partir da estação da Mogiana até a divisa com Serrana, a única que ficou de fora do início da operação em setembro. A vistoria deverá ser feita com a colaboração da FCA, que prometeu emprestar um vagão para facilitar o percurso.

A situação da linha férrea foi denunciada ao Ministério Público pela Vigilância Sanitária, que chamou a atenção para o risco de doenças, principalmente a dengue. De um total de 69 quilômetros de trilhos que passam por Ribeirão, 30% estão abandonados, servindo como áreas de descarte de embalagens com água parada, ambiente que estimula a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Felca diz que, se as determinações não forem cumpridas, poderá propor um termo de ajustamento de conduta e, em último caso, mover uma ação judicial.

Para o chefe da Fiscalização Geral, Vanderci Faustino, “muitas áreas precisam de solução urgente”. Ele entende que a limpeza dos trilhos deve ser feita constantemente e não só quando o Ministério Público e a administração municipal intensificam a atuação.

Mas a lista de exigências de Felca não incluem apenas a FCA. O promotor solicitou, também, que a prefeitura asfalte um trecho, com aproximadamente 300 metros de extensão, que fica entre a rua Pará e a avenida Lafaiete Costa Couto, no Ipiranga. Esta área também serve como depósito de lixo e não tem um sistema eficiente para es

Fonte: Gazeta de Ribeirão (SP)