Pelo menos 100 pessoas morreram no descarrilamento de um trem na noite de quarta-feira, 1, em uma zona rural da região central da República Democrática do Congo (RDC), informou a Missão de Observação da ONU no país (MONUC). A composição perdeu o controle enquanto viajava entre as cidades de Ilebo e Kananga.
As causas do acidente não foram explicadas, mas a companhia congolesa de ferrovias informou que enviou uma comissão para investigar o fato. O acidente ocorreu perto de Bena-Leka, na província de Kasai Ocidental, 770 quilômetros ao leste da capital, Kinshasa.
O trem transportava carga e passageiros. Muitos viajavam no teto dos vagões quando aconteceu o descarrilamento. Os sobreviventes do acidente foram levados a pé ou de bicicleta por 12 km até o hospital mais próximo, disse Kemal Saiki, porta-voz da missão da Organização das Nações Unida.
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A MONUC está colaborando nos trabalhos de resgate e remoção de feridos e enviou médicos, enfermeiros e equipes em helicópteros ao local do acidente. A força de paz, que é a maior da ONU, está na República Democrática do Congo para ajudar o país a se recuperar de uma guerra que durou cinco anos, entre 1998 e 2003.
Estima-se que 4 milhões de pessoas tenham morrido depois da guerra, vítimas da violência, da fome e de doenças. A rede ferroviária do antigo Zaire, estabelecida durante a época colonial do Congo Belga, tem mais de um século, sofre manutenção inadequada e os acidentes são comuns – a maioria com várias vítimas.
O país esteve em guerra civil entre 1998 e 2002, que destruiu a maior parte da infra-estrutura de transporte e o material das ferrovias. Por outro lado, há falta de estradas, destruídas durante o conflito ou invadidas pelo avanço da selva. Tudo isso leva os transportes do país a serem feitos principalmente por via aérea ou através dos rios que atravessam o território do país africano.
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