Um assunto inesgotável

A proposta de se criar um Ministério da Infra-Estrutura Logística, com algumas pequenas diferenças, vem sendo defendida por diversos empresários, especialistas e profissionais do setor, como forma de coordenar todas as políticas inerentes e garantir que os assuntos pertinentes não fiquem em segundo plano quando da execução de programas de governo.


Como tantos outros profissionais e especialistas do setor, eu mesmo, em diversos artigos e palestras, tenho comentado sobre a imprescindibilidade de uma logística eficaz para que se obtenha o crescimento econômico desejado. Afinal, se as empresas privadas têm colocado a logística como assunto de principal importância, sendo cada vez mais clara a convicção dos empresários e homens de negócios que a logística virou a palavra chave do sucesso econômico e empresarial, originando o que chamamos de “a importância estratégica da logística”, não pode, o governo, qualquer governo, dedicar-se ao tema de uma forma menos substancial.


Especificamente no caso da infra-estrutura, maiores níveis de investimento somente ocorrerão quando o setor privado puder participar das discussões da “política macroeconômica brasileira”, como forma de garantir que os programas pertinentes sejam incluídos na elaboração da Política Econômica Brasileira. E, posteriormente, monitorados.


E por que isso? Simplesmente para que esses assuntos não sejam deixados de lado ou ao sabor da “maré”. Para evitar que, em face de “outras prioridades”, os recursos anteriormente previstos não sejam desviados para outras finalidades. São sobejamente conhecidas as formas como se desrespeitam o orçamento público.


É óbvio que o crescimento da produção e o aumento do consumo têm forçado os setores público e privado a agilizarem seus investimentos no sentido de buscarem o equacionamento de todas as variáveis de movimentação e logística. Mas sem uma política nacional integrada e uma infra-estrutura adequada, será muito difícil para os setores produtivo e de consumo cumprirem seus papéis de forma eficaz.


O Ministério dos Transportes, por exemplo, tem dificuldades para exercer esse papel de integração e coordenação e tem funcionado muito mais como um ministério de vias públicas. De fato, apenas em momentos específicos e até raros, a área de transporte e logística, no Brasil, teve uma pasta forte e funcionou de forma integrada. Talvez nos tempos do Geipot. Além disso, são muitos, e de forma independente, os órgãos que tratam de assuntos ligados à logística.


É sabido que as condições e a infra-estrutura operacionais brasileiras, apesar de terem avançado, encontram-se, ainda, aquém das reais necessidades. Sem uma coordenação forte e vontade política para se manter essas condições, tudo fica mais difícil.


Diante disso é imprescindível que se realizem programas integrados de modernização do setor, esforço legal, fiscal e de monitoramento das atividades de transporte e logística, bem como a realização de um plano mínimo de melhoria da infra-estrutura, coordenados por uma só instituição, de forma a levar para todo o setor econômico, a mensagem de que a logística é fundamental para o crescimento e desenvolvimento econômicos.


Os setores de logística – operadores, usuários, universidades – precisam, além dos aspectos específicos de suas áreas de atuação, discutir objetivamente os rumos da política econômica brasileira e o modelo que se quer, pois nada poderá ser feito no âmbito microeconômico se as condições macroeconômicas, estabelecidas pela política maior, não permitirem.


Paulo Roberto Guedes é Professor, consultor em logística e transporte e conselheiro da NTC&Logística.

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Fonte: Canal do Transporte

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