Articular urgentemente todos os segmentos que defendem investimentos substanciais em sistemas de transporte público urbano para garantir que o PAC da Mobilidade Urbana, divulgado há 10 dias e que está sendo elaborado pelo Ministério das Cidades, para apresentação em três semanas, garanta recursos para requalificar e ampliar significativamente os sistemas estruturadores nos grandes centros, em especial os sistemas sobre trilhos.
A proposta, aprovada por aclamação, foi feita pelo vice-presidente da AEAMESP – Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô, Emiliano Stanislau Affonso, em intervenção na sessão Crescimento das metrópoles, investimentos e o PAC, no dia 30 de agosto de 2007, durante a 13a Semana de Tecnologia Metroferroviária e a Metroferr 2007. “A minha preocupação é de que, se não houver uma sinergia forte, uma ação orquestrada, de novo poderemos ficar de fora de um plano de investimentos que se propõe a melhorar a mobilidade urbana”, disse.
Emiliano Affonso está otimista quanto ao alcance dessa mobilização. Ele recordou que na Semana de Tecnologia Metroferroviária foram iniciadas mobilizações de êxito, que já obtiveram conquistas importantes, como a constituição da Frente Parlamentar de Transporte Público, reunindo 130 deputados e senadores de todos os partidos; a concretização do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos, MDT, que congrega quase 500 entidades, entre as quais quatro grandes centrais de movimentos de moradores. Outra conquista: a recente resolução do Conselho das Cidades, recomendando mais investimento federal em transporte público. “O Conselho das Cidades reúne 70 delegados e apenas cerca de 10% estão vinculados ao setor de transportes públicos, mas nossa atuação fez com que as bandeiras que levantamos aqui fossem empreendidas por outros setores”, disse Affonso Neto, realçando a importância de ações que se dirijam aos demais segmentos da sociedade.
Sob a coordenação de Ronaldo da Rocha, da AEAMESP, participaram da sessão Charles Marot, do BNDES; João Luiz da Silva Dias, da CBTU e Gabriel Galipolo, da Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo. Todos, em linhas gerais concordam com a idéia de que a garantia de recursos para investimentos em grandes sistemas de transporte público, além de reduzir deseconomias (congestionamentos, acidentes e poluição, entre outros) e aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades, também contribuem para o desenvolvimento econômico do País como um todo, pois reduzem a ineficiência dos grandes centros, estimulam a indústria e geram empregos.
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