Em debate promovido pela AEAMESP – Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô de SP no dia 30, terça-feira, o Ferroanel de São Paulo foi considerado como parte da solução do problema do compartilhamento dos trilhos da CPTM com a MRS. Somente a sua construção não eliminará o problema porque essas empresas vêm crescendo a taxas de dois dígitos.
A CPTM está transportando 1,7 milhões de passageiros/dia e deverá chegar a 3 milhões em 2010, obrigando a uma crescente redução do intervalo entre os trens. Por outro lado, a MRS deverá fechar 2007 transportando 126 milhões de toneladas/ano. Atualmente 26 milhões de toneladas/ano trafegam pelo estado de SP onde 10 milhões só na baixada santista e 16 milhões passam pela cidade de SP. A carga que passa pela cidade deverá dobrar por volta de 2012.
O crescimento das duas empresas é conflitante e, se não forem encontradas soluções mais amplas, inclusive sob o aspecto logístico, acarretará um sério agravamento no uso
compartilhado das vias.
Chegou-se a essa conclusão após as apresentações e debates dos engenheiros Ivan Carlos Regina, José Roberto Lourenço (MRS) e Silvestre Rocha Ribeiro (AEEFSJ), coordenados pelo engenheiro Emiliano Affonso (AEAMESP). Mais precisamente, a conclusão é que metade do problema pode ser solucionada com a construção do Ferroanel, com suas asas Norte e Sul, 45% adicionais, via logística e os 5% restantes, encontrando uma maneira de segregar as vias ou conviver com as cargas.
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A MRS aposta na construção da asa Norte do Ferroanel, chegando em Itaquaquecetuba e, nesse sentido, vem discutindo com o governo e BNDES o financiamento que monta em aproximadamente R$ 1 bilhão de reais. O projeto, inclusive, está previsto no PAC e espera-se que até 30 de novembro o próprio governo apresente uma solução.
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