Presidente de sindicato visita SP

Uma manhã de trânsito carregado na Marginal Tietê foi a primeira e uma das mais marcantes experiências que o presidente do Sindicato de Transportes Mistos de Lyon (Sytral), Bernand Rivalta, teve em sua visita ao Brasil, na semana passada. Chefe de uma entidade que há exatos 10 anos iniciou uma revolução no sistema de transporte público dessa cidade aos pés dos Alpes franceses, a 500 km de Paris, Rivalta ficou impressionado com o engarrafamento que lhe dava boas vindas à sua chegada a São Paulo, onde foi apresentar a experiência de Lyon ao Secretário de Transportes Metropolitanos José Luiz Portela. “Enfrentamos congestionamento o tempo todo em que estivemos na cidade; São Paulo atingiu o seu limite e parece não haver uma autoridade forte politicamente para enfrentar essa batalha contra os carros”, diz ele.


Congestionamentos da dimensão com que os paulistanos estão acostumados a enfrentar diariamente causam espanto a qualquer europeu, seja ele de uma cidade de dimensão média, como Lyon, ou mesmo de uma grande capital com vários milhões de habitantes, como Paris. Mas para Rivalta foi como observar no presente o futuro das grandes cidades caso algo não seja feito para tirar os automóveis das ruas e colocar em seu lugar um eficiente sistema de transporte público. “São Paulo está asfixiada porque não se pensou o transporte como uma forma de desenvolvimento urbano, econômico de integração social”.


Guardadas as devidas proporções, era assim que a administração de Lyon previa o futuro da cidade há 10 anos. Após investir mais de 1 bilhão de euros na construção de uma linha de metrô extremamente moderna, o número de automóveis na região central da cidade só fazia crescer. “Percebemos que o metrô não resolveu o problema, a cidade estava ficando mais congestionada e as pessoas estavam deixando a região central para viver em áreas menos povoadas, estávamos perdendo o controle do desenvolvimento urbano”, diz ele.


Depois de meses de estudo, a prefeitura desenhou três cenários. Um deles para que nada mudasse. O segundo, com a ampliação do metrô. O terceiro propunha uma ruptura radical no sistema, tendo como característica principal a redução do espaço para circulação dos automóveis em detrimento de equipamentos públicos de transporte. Após uma forte campanha, os três projetos foram colocados em votação e a opção mais agressiva recebeu 72% dos votos.


Com apoio político, foi criada a Sytral, uma espécie de secretaria de transportes, mas que tem orçamento próprio e um alto nível de independência. Cabe a ela decidir o que será feito no transporte público de Lyon, e não a prefeitura, apesar de o prefeito fazer parte do conselho.


Em 1997 teve início a transformação de Lyon, hoje um exemplo em desenvolvimento de transportes públicos na França e na Europa. O metrô parou de ser construído. As principais avenidas perderam 50% do seu espaço para modernos bondes elétricos. Os ônibus convencionais passaram a ser substituídos por troleibus, como os de São Paulo, em faixas dedicadas apenas a eles. Além disso, foram criados 17 estacionamentos gratuitos em pontos estratégicos ao longo das estações de metrô, bondes e ônibus. E, o mais importante, todo o sistema foi interligado, permitindo que os passageiros usassem todos os meios de transporte pagando apenas uma tarifa. “Foi uma revolução, porque decidimos claramente dividir o espaço público entre todos os cidadãos e não apenas com aqueles que tinham automóveis particulares”, afirma Rivalta.


Aliado ao projeto urbanístico, Lyon criou um sistema de financiamento eficiente, em que a maior parte dos recursos não vem do poder público. São as empresas da cidade que pagam mais de 35% dessa conta, que já soma 1,5 bilhão de euros apenas em investimentos desde 1997. Cada companhia com mais de nove empregados precisa pagar uma taxa, que varia de 0,5% a 1,8% sobre a folha de pagamentos, dependendo do número de trabalhadores. Em 2006, a Sytral arrecadou 224 milhões de euros

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Fonte: Valor Econômico

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