Os investimentos em infra-estrutura no Brasil entre 2008 e 2011 devem atingir US$ 232 bilhões, com R$ 101 bilhões, ou 44% daquele total, direcionados ao setor de energia elétrica, segundo trabalho divulgado ontem pelos economistas Fernando Pimentel Puga e Gilberto Rodrigues Borça Junior, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O total dos investimentos mapeados para aquele período, em infra-estrutura, indústria e construção residencial deve chegar a aproximadamente R$ 1,2 trilhão, ou cerca de 15% a mais do que a projeção do BNDES para o período 2007-2010, que foi de R$ 1,05 trilhão.
Quando se compara os investimentos em infra-estrutura efetivamente realizados de 2003 a 2006, de R$ 124,6 bilhões, com o projetado para o período de 2008 a 2011, o crescimento é de 86%, ou o equivalente a uma taxa anual de 13,2%. Os economistas do BNDES observam que, quando se faz o mesmo exercício comparando o efetivamente realizado de 2002 a 2005 com a projeção anterior para o período de 2007 a 2010, chega-se a uma taxa de crescimento anual de 9,7% .
“O ritmo de crescimento dos investimentos, que já era forte, acelerou-se nitidamente, e um dos principais fatores é o lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)”, diz Puga.
Os investimentos em energia elétrica darão um salto de R$ 40,9 bilhões, entre 2003 e 2006, para R$ 101 bilhões, de 2008 a 2011, puxados por grandes projetos como os das hidrelétricas do Rio Madeira. No mapeamento anterior, para 2007 a 2010, a projeção era de R$ 88 bilhões. Os investimentos em geração subiram de R$ 48 bilhões para R$ 58 bilhões entre os dois mapeamentos.
Nas comunicações, o investimento mapeado para o período de 2008 a 2011, de R$ 56 bilhões, é menor que os R$ 58,3 bilhões de 2003 a 2006. No caso de saneamento, ferrovias e portos, porém, a projeção é de expressivos aumentos: respectivamente, de R$ 13,4 bilhões para R$ 48 bilhões; de R$ 9,1 bilhões para R$ 19,9 bilhões; e de R$ 2,9 bilhões para R$ 6,8 bilhões.
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