Por unanimidade, a Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) aprovou, nesta quarta-feira (21), mensagem presidencial indicando o nome de Rômulo do Carmo Ferreira Neto para exercer o cargo de diretor de Infra-Estrutura Ferroviária do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT). A matéria será submetida ao Plenário.
Após declarações de Rômulo Neto sobre futuros aperfeiçoamentos e investimentos na área ferroviária, o vice-presidente da Comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MS), cobrou investimentos e ações da América Latina Logística (ALL) na recuperação da Ferrovia Novoeste.
A ALL, que opera na região Sul, na Argentina e na Bolívia – a ferrovia que vai a Santa Cruz de La Sierra, controla a Ferronorte – principalmente os 500 km que impactam o município de Aparecida do Taboado, bem como a Ferroban e a Novoeste.
A Novoeste – antiga Noroeste do Brasil, obra do século passado, passava por Bauru e, em Mato Grosso do Sul, entrava por Três Lagoas, passava por Corumbá e ia até Santa Cruz de La Sierra, passando pela famosa ‘ferrovia da morte’, planejada também pelo engenheiro Miguel Gomez, pai do senador Delcídio.
Delcídio Amaral lembrou que, ao assumir as três ferrovias, as expectativas eram de que a ALL eliminaria os problemas de direito de passagem, colocaria tudo dentro de uma empresa só. “Surpreendemente, nada foi feito pela Novoeste, apesar das várias declarações de representantes da empresa sinalizando pela revitalização da ferrovia”, afirmou o senador.
“A situação nossa é tão preocupante que estamos conversando com o governo do Paraná para ver se conseguimos escoar a nossa produção de grãos através da Ferroeste. Temos regiões de produção de grãos que poderiam utilizar com competitividade as nossas ferrovias, mas não vemos nenhum movimento prático da ALL que dê credibilidade às ações dela na Novoeste”, lamentou.
Destacando a importância da Novoeste especialmente para Mato Grosso do Sul e lembrando o desafio da Norte-Sul, considerada estratégica para a região Centro-Oeste, Delcídio cobrou providências da empresa não só focando o escoamento da produção de grãos, mas também projetos industriais desenvolvidos para a região de fronteira.
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