O projeto para expansão da Ferroeste (Estrada de Ferro do Paraná Oeste) até Mato Grosso do Sul terá mais R$ 80 milhões a título de suplementação orçamentária. A verba foi incluída no Plano Plurianual 2008/2011, cujo relatório final está em processo de aprovação. O aumento de recursos foi negociado pelo deputado federal Geraldo Resende (PMDB), e eleva para R$ 140 milhões a previsão de gastos com o projeto (que já tem R$ 60 milhões assegurados no PPA).
O projeto detalhado pelo diretor-presidente da Ferroeste, Samuel Gomes dos Santos, prevê gastos de US$ 420 milhões para construir uma ferrovia entre Cascavel e Guaíra/PR, Dourados e Maracaju, agilizando o transporte de grãos e insumos. Resende, por meio de sua assessoria, defendeu que o projeto tem sua viabilidade garantida pela expansão das indústrias sucroalcooleiras no Estado, em especial na região da Grande Dourados.
Conforme o Conselho Federal de Agricultura, 18% dos grãos colhidos não chegam ao consumidor finanl por problemas no transporte. Além disso, o transporte rodoviário prepondera diante de outros meios de transporte – um índice de cargas de 70% no Paraná e de 81% em Mato Grosso do Sul segue pelas estradas. O projeto tem a extensão de 250 km entre Maracaju e Guaíra, e outros 170 quilômetros de Guaíra até Cascavel, de onde seguirá até Paranaguá/PR. A idéia é aproveitar a linha férrea que liga Campo Grande, Maracaju e Ponta Porã, passando pelo distrito de Itahum.
“Faz anos que a linha ferroviária que interliga Ponta Porã-Itahum-Maracaju-Campo Grande está desativada. Tenho certeza que na medida em que o projeto da Ferroeste sair do papel, a reativação dessa linha será automática, o que beneficiaria todo o setor produtivo da nossa região”, sustentou Resende. No Estado, a ferrovia, que já tem concessão da ANTT até Dourados, passará também por Itaporã, Caarapó, Naviraí, Eldorado, Itaquiraí e Mundo Novo.
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