O desafio de transportar o minério do sertão

Depois de quatro horas de estrada a partir de Natal – são 273 quilômetros a noroeste da capital do Rio Grande do Norte por estradas estreitas e sinuosas – avista-se um grande morro de cor marrom que se destaca das demais montanhas da região, de formação granítica.


 


É do município de Jucurutu, no Seridó potiguar, que sai hoje o pouco minério que a Mhag exporta. O trabalho de extração e transporte, pode-se dizer, é feito na raça. A área da mina, em pleno sertão nordestino, é isolada e não tem energia elétrica. As máquinas que processam o metal são movidas a gerador.


 


Mas o que mais impressiona é a forma como o minério sai dali: em caminhões. Na verdade, são 25 modernas carretas especialmente construídas para suportar as 54 toneladas de carga e, ao mesmo tempo, minimizar o dano às estradas e evitar atritos com a população e prefeituras das regiões que cortam. A frota é terceirizada, operada por uma transportadora. O minério percorre 180 quilômetros de caminhão, até Juazeirinho, na Paraíba, onde é feito o transbordo para os vagões da Companhia Ferroviária do Nordeste. De lá, são outros 350 quilômetros de trem, num total de 530 km até o porto de Suape, em Pernambuco. A logística é complicada e cara. Mas, por enquanto, não tem outro jeito. “Ao preço de hoje do minério, posso ter o custo que quiser”, diz Edson Duda.


 


A maior jazida do bloco de Jucurutu é justamente esse morro de 400 metros de altura, batizada de Mina do Bonito e vizinha ao município de Jucurutu. Se hoje o trabalho parece insano, o consolo é lembrar que já foi muito pior.


 


“Quando cheguei aqui pela primeira vez, a pedido do Duda, para dar uma olhada na mina e ver se valia a pena comprar uma parte da empresa, não tinha nem estrada para chegar até ela”, conta Pio Sacchi, cunhado de Edson Duda e hoje o diretor presidente da Mhag. Numa das vezes, chegaram a lhe oferecer transporte por barco a remo, para atravessar o Açude Armando Ribeiro, um dos maiores do estado, colado à mina. A travessia levaria quatro horas e foi prontamente recusada.


 


Sacchi subiu mais de uma vez os 400 metros do morro a pé. Voltou para Curitiba e entregou a Duda duas folhas de papel onde listava pontos negativos da mina para tentar demover o cunhado da idéia de entrar na sociedade.


 


Chegou tarde. Impulsivo (ou seria intuitivo o melhor termo?), Duda já havia fechado o negócio sem ao menos ter botado os pés no lugar. Pod

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Fonte: Valor Econômico

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