O Terminal de Contêineres, batizado de Teval, da MRS Logística, no Porto de Santos (SP) sairá do papel este ano. A construção começará, segundo o presidente da companhia, Julio Fontana, até agosto e a exploração será feita por um parceiro. Já fechamos o negócio e a construção será feita em conjunto com nosso parceiro, disse Fontana.
O Teval será construído na margem direita do Porto de Santos, na região de Valongo, em uma área de 140 mil metros quadrados. Segundo o executivo, o empreendimento terá capacidade para até 1 milhão de TEU (contêineres de 20 pés). Até outubro do ano passado, foram movimentados pelo porto de Santos 1,723 milhão de TEU. Já em Itajaí (SC), o segundo em movimentação de contêineres, foi de 390,39 mil TEU. É um projeto importante que estamos concluindo, como o terceiro trilho na entrada do porto de Santos que agora em fevereiro entra em operação, ressaltou Fontana.
O projeto do terceiro trilho é uma reivindicação antiga dos operadores ferroviários que trafegam no Porto de Santos. A obra foi financiada pela MRS e consumiu recursos da ordem de R$ 5 milhões. É um projeto que há muito tempo estava em negociação. Em novembro, estávamos em fase de testes, com a operação em 50%, disse Fontana. O terceiro trilho era uma determinação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para retirar da cidade de Santos os trens de bitola métrica que levavam carga para o porto. O valor do investimento não é muito, mas a importância do projeto é enorme já que equaciona um dos grandes gargalos ferroviários no porto de Santos, ressaltou.
Aumento de capacidade – Além dos investimentos no terminal de contêineres e na construção do terceiro trilho no Porto de Santos, a MRS se prepara para transportar entre 150 milhões e 160 milhões de toneladas este ano, um crescimento de 20% sobre 2007, com movimento de 127 milhões de toneladas.
Para crescer, o, a empresa também investe em novas tecnologias de sinalização que dará mais produtividade à via permanente. Este ano implantaremos um sistema de sinalização que aumentará o número de trens na via. É uma tecnologia semelhante ao que se usa no transporte de passageiros, explicou o executivo.
Segundo ele, a cada quatro meses um trecho da linha será equipado com a tecnologia. Somente com esses sistemas poderemos aumentar nossa produtividade em até 15%, disse Fontana.
Segundo ele, o equipamento é fornecido por um consórcio que é liderado pela Alstom e o investimento será de R$ 15 milhões. Outras ferrovias no País estão com projetos semelhantes. Na Europa e EUA o sistema já é comum, ressaltou.
Energia mais cara – A MRS, a concessionária de ferrovia que opera nos estado de Minas Gerais, Rio e São Paulo, viu sua conta de energia elétrica aumentar na última semana, para R$ 250 mil. Julio Fontana disse que, com os preços da energia na semana passada, que chegaram a R$ 569,59 o MWh, a companhia terá que negociar com seus clientes o repasse deste custo. Não adianta o governo vender uma energia cara, isso tira a competitividade das empresas. Racionamento já existe ele é feito pelo preço.
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