Novos caminhos no interior do estado

Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, Gerel, CPFL, Telesp e Cesp. Estes são alguns dos órgãos estatais que abandonaram Bauru nos últimos anos. Ibama é outro que se encontra na corda bamba. Isso apenas no setor público; no privado, então, nem se fale. Bunge e Frescarini são duas que, recentemente, bateram suas asas para nunca mais voltar. Um pouco antes, Antarctica e Anderson Clayton já haviam dado no pé, sem deixar vestígios. Levaram consigo um punhado de sonhos e de empregos formais e deixaram uma pergunta: seria isso um reflexo da incompetência dos agentes políticos locais?


Para profissionais que atuam no meio e para os especialistas que estudam a questão, não. “A desativação de grandes empreendimentos públicos e privados que funcionavam na cidade reflete muito mais os efeitos da reestruturação produtiva que atingiu o Brasil nos últimos anos e da menor participação do Estado na economia do País do que uma suposta incapacidade dos governantes em atrair (ou segurar) as empresas”, explica o historiador e professor aposentado da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru João Francisco Tidei de Lima.


“Antes, quando o Estado assumia um papel ativo na ordem produtiva do País, Bauru era, devido à sua localização, uma espécie de centro aglutinador dos serviços públicos na região. Com as privatizações e o sucateamento da ferrovia, a economia da cidade acabou saindo dos trilhos”, acrescenta.


Se por um lado afastou investimentos da cidade, por outro a reestruturação produtiva aproximou a economia da região de determinados ramos industriais. “Vejamos o caso específico da Adams, por exemplo: mantinha uma fábrica no município, que gerava cerca de 300 empregos, e outras duas em São Paulo.


Por conta de Bauru estar situada perto das áreas fornecedoras de açúcar, ela preferiu desativar as duas unidades da Capital e concentrar todas as suas atividades aqui. Isso fez com que seu número de funcionários na cidade subisse para 1.000, aproximadamente”, lembra o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Walace Sampaio.


“O que as pessoas precisam entender é que o ato de fechar ou abrir uma fábrica é algo que faz parte da atividade empresarial. É uma decisão que está muito além do alcance dos agentes políticos locais”, sustenta o diretor regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em Bauru, Domingos Malandrino.


“O empresário sempre buscará realizar investimentos nos lugares onde projeta que poderá obter um lucro maior”, completa. Ele cita o caso da Coca-Cola, que nos anos 90 desativou a unidade de envazamento de refrigerantes que mantinha em Bauru, transferindo suas atividades para Marília. “Agora, por conta da nova conjuntura econômica, ela resolveu retomar suas produção na cidade (a fábrica é destinada ao engarrafamento de água)”, diz Malandrino.


Motivos semelhantes quase levaram ao fechamento em definitivo da unidade armazenadora da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) em Bauru.


Situado na Vila Dutra (região oeste da cidade), o local atendeu, durante muito tempo, aos grandes plantadores de cereais que utilizavam a ferrovia para escoar sua produção. Evoluções no transporte de cargas, implementadas a partir dos anos 90, fizeram com o que o local se tornasse quase obsoleto – tanto que chegou a ser desativado pelo governo do Estado, no final da década em questão. Em 2000, porém, programas de incentivo à agricultura familiar fizeram com que o armazém voltasse a funcionar.


“Os pequenos agricultores não têm condições financeiras de adotar técnicas de transporte de última geração, por isso nossa unidade voltou a registrar uma grande procura por parte dos produtores”, explica o gerente regional da Ceagesp de Bauru.


Roberto Nakashima. O local tem capacidade para armazenar até 10 toneladas de cereais e atende a cerca de 40 agricultores na região.

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Fonte: JCnet (SP)

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