A Opportrans, concessionária que administra o metrô do Rio, vai investir cerca de R$ 600 milhões em recursos próprios para ampliar os serviços da empresa. Outros R$ 600 milhões serão levantados junto a bancos e o total será investido na construção da linha 1A, na abertura da nova estação Uruguai (na Tijuca) e na aquisição de 114 vagões, o que representará aumento de 66% na atual frota de 182 carros.
O objetivo da companhia, que apresentou hoje o detalhamento do projeto, é elevar o número de passageiros dos atuais 550 mil por dia para 1,1 milhão por dia. A linha 1A, que terá uma estação em frente à prefeitura, ligará a linha 2 do Metrô a Botafogo sem a necessidade de baldeação.
O presidente do Metrô Rio, José Gustavo de Souza Costa, não descarta a possibilidade de buscar parte do dinheiro necessário para as obras no BNDES, mas frisa que a empresa conversa também com bancos estrangeiros.
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“Do total investido, cerca de um terço será para aquisição de carros, um terço para construção da nova linha e da nova estação e o restante para obras de modernização de todo o sistema ” , diz Costa, que participou hoje da cerimônia de lançamento do programa, no Palácio Guanabara, sede do governo do estado.
Como contrapartida, o governo fluminense estendeu por mais 20 anos o contrato de concessão, que se encerraria em 2018. A empresa também absorveu R$ 173 milhões em dívidas adquiridas pelo Metrô na época em que a empresa era estatal – débitos que estavam sob responsabilidade do estado do Rio.
“Limpamos as pendências judiciais da parte do Metrô que ficou com o Estado e que atrapalhava nossa solvência ” , explica o chefe da Casa Civil do Rio, Regis Fichtner.
O governador Sérgio Cabral revelou ainda que o governo tentará agora tirar do papel os projetos para as linhas 3 e 4. A primeira, ligando Itaboraí a Niterói, deverá receber ainda este ano R$ 35 milhões do governo federal. A linha 4, da Barra da Tijuca ao Centro, ainda está na fase de desenvolvimento de projeto, que segundo Cabral, deverá ser finalizado ainda em 2008. De acordo com o governador, para a extensão do metrô até a Barra o estado poderá dar como contrapartida de financiamento alguns terrenos pertencentes ao Metrô.
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