Peças de trens antigos são furtadas em SP

Bagageiros, fechaduras, símbolos e nomes de companhias ferroviárias. Avaliados em pelo menos R$ 100 mil, esses detalhes em metal que ajudam a contar a história dos trens de passageiros que circularam no Brasil desde o século 19 tornaram-se alvo de ladrões.


Nos últimos dois meses, a seção paulista da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF-SP), que funciona junto ao Memorial do Imigrante, na Mooca, zona leste da capital, sofreu dois grandes furtos. Em um deles foram levados tubos de cobre da maior locomotiva a vapor que existe no Brasil, ainda em condições de funcionamento. Para evitar mais perdas, parte do dinheiro usado para a restauração de vagões será direcionada à segurança da área. Nos próximos dias, a ABPF-SP deve contratar o terceiro segurança para ajudar na vigilância.


O diretor da associação, Fábio Barbosa, diz que “a preocupação nem é tanto pelo valor (das peças), mas principalmente porque elas não são mais fabricadas”. “Para refazer fica muito caro”, explica.


O primeiro furto foi notado dias antes do Natal. Um dos vagões de primeira classe teve todo o bagageiro em alumínio arrancado – cerca de 26 metros do metal. Fabricado em inox, o carro é da década de 60 e pertencia à antiga Estrada de Ferro Araraquara.


A contratação dos dois primeiros seguranças ocorreu na segunda semana de janeiro, mas não foi suficiente. No fim do mês, houve o furto mais significativo. Os ladrões entraram e levaram parte da tubulação externa de uma locomotiva a vapor de 1927. Conhecida entre os ferroviários como Velha Senhora, é a maior locomotiva a vapor em condições de rodar. “Ela só estava parada por causa de alguns vazamentos. Fizemos um orçamento e iria custar R$ 60 mil para arrumar tudo. Agora já não sei quanto será”, diz Barbosa.


Na semana do carnaval ocorreu uma tentativa de furto. “O vigia viu o pessoal e gritou, aí eles correram.” Os casos foram registrados no 8º Distrito Policial (Brás), mas até agora ninguém foi preso.


Segurança


Outra providência para evitar novos furtos foi o estacionamento das composições de inox numa área da ABPF que ainda faz parte do Memorial. Ali a segurança é maior, pois também há os vigias do museu. “Investimos também R$ 2 mil na compra de concertinas (cerca de arame farpado)”, conta Barbosa. Ele também quer instalar sensores de presença e duas câmeras com alcance de mil metros – um investimento de R$ 15 mil.


O gasto com segurança, porém, obrigou a diretoria da ABPF a alterar o contrato com o Memorial. “Antes pagávamos um aluguel de R$ 3.300. Agora, damos uma parte da bilheteria.” O valor dos ingressos para grupos escolares que vão ao museu e emendam o passeio na Maria Fumaça era de R$ 3 e passará para R$ 4,50 – R$ 1 será repassado ao Memorial.


Trem turístico


A Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Turismo estuda a criação de um trem turístico ligando a Estação da Luz, no centro da capital, ao Circuito das Frutas, na região de Jundiaí, a 50 km de São Paulo. Segundo o secretário, Claury Silva, os estudos estão avançados. Parques temáticos que ficam na região, como o Hopi Hari, em Vinhedo, e o Wet’n Wild, em Itupeva, já manifestaram interesse em apoiar a proposta, informou Silva.


O objetivo é finalizar a proposta até o final do ano. Para isso, o próximo passo é consultar a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) sobre a possibilidade de utilizar sua rede de trilhos. A Linha A sai da Luz, faz uma conexão em Francisco Morato e chega a Jundiaí. Quanto aos trens da rota turística, a intenção é restaurar um veículo antigo. O itinerário deve ser definido junto com agências de viagens.

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Fonte: Estado de S. Paulo

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