Um dia depois do governo do Estado mostrar interesse em assumir a administração do metrô da capital, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) apresentou ontem um estudo de expansão da linha 1 do sistema (Eldorado/Vilarinho). A idéia é levar o serviço até o local onde será construído o Centro Administrativo do Governo, no bairro Serra Verde, na região Norte da cidade. Além disso, a proposta da CBTU trás o esboço da estação Praça Sete, que deverá ser o ponto de interseção entre as linhas 2 (Barreiro/Santa Tereza) e 3 (Savassi/Pampulha), no subterrâneo do centro da capital. O orçamento previsto para todo o sistema é de R$ 4,5 bilhões.
De acordo com o superintendente do Metrô BH, Jackson Antunes, os objetivos do projeto é a inserção do sistema metroviário no hipercentro de Belo Horizonte e estruturar o transporte público de Belo Horizonte para a Copa do Mundo de 2014. “O principal objetivo é implantar o sistema metroviário para atender a capital e à região metropolitana com qualidade e pontualidade”, disse.
Ainda de acordo com Antunes, o projeto ainda não foi apresentado ao governador Aécio Neves, mas, para que o sistema seja totalmente implantado até o ano 2.013, é necessário que ele seja retomado ainda neste mês. “O projeto visa a realização da Copa do Mundo, mas ele não foi feito apenas por esse motivo. O trânsito em Belo Horizonte vai parar em três anos se nada for feito na cidade”, disse.
Segundo o coordenador de obras do Metrô BH, João Marcos Bemfica, o projeto de expansão da linha 1 até o futuro Centro Administrativo do Governo se daria a partir da construção de mais três estações, a um custo estimado de R$ 707,6 milhões. Outros R$ 681,5 milhões seriam necessários para a modernização do sistema.
Bemfica disse que o funcionamento da linha 1 até o bairro Serra Verde exigiria a ampliação da frota de trens (de 25 para 32) e do número de vagões de cada composição (de quatro para seis). O número de usuários/dia saltaria de 143 mil para 340 mil, se considerada a expansão até a nova sede do governo. A expansão da linha 1 exigiria a desapropriação de pelo menos 40 imóveis.
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