Metrô de SP registra o dobro de brigas

Os olhares atentos dos supervisores de segurança que vigiam nos monitores as imagens transmitidas por 860 câmeras espalhadas em acessos e plataformas observam uma confusão numa grande estação de metrô da capital. Aproximando a imagem, os responsáveis por vigiar 24 horas por dia a rede do novo Centro de Controle de Segurança (CCS) da Companhia do Metropolitano, na Rua Vergueiro, percebem que a situação pode descambar para pancadaria e acionam a equipe de segurança da estação, mais uma vez, por um motivo banal: separar briga de passageiros.


A cena vem se repetindo com uma freqüência quase diária, principalmente na região leste da capital, pelas manhãs, e nas maiores estações metroviárias – Corinthians/Itaquera, Tatuapé, Brás, Barra Funda e Sé. Com isso, a briga de passageiros já é a terceira ocorrência mais comum no metrô, levando-se em conta o balanço dos dois primeiros meses deste ano feito pelo Departamento de Segurança da Companhia.


O motivo para tantas brigas é a superlotação com a qual convivem diariamente as 3,4 milhões de pessoas que passam pelas estações, praticamente “lutando” por espaço. Em janeiro, os seguranças apartaram pelo menos oito brigas de passageiros. Em fevereiro, foram 17, aumento de 112%. O Metrô registra as mais sérias, quando há agressões físicas, como “lesão corporal”.


“Em muitas das vezes são apenas trocas de palavrões e não se chega às vias de fato. Em outras, temos de fazer encaminhamento para a delegacia”, diz José Luiz Bastos, chefe da segurança do Metrô.


APERTO


Um dos profissionais que vigiam as câmeras no CCS confirma as brigas. “É raro um dia em que não temos um encaminhamento desse tipo”, conta. “Pessoas que já pegaram ônibus cheios vêem o metrô lotado, estão de cabeça quente, querem embarcar logo. Alguns acabam se desculpando quando os seguranças chegam e acaba ali. Mas tem gente que não abre mão da discussão, aí levamos até a polícia.”


Nos horários de pico, a média nos trens da Linha 3 – Vermelha (Corinthians/Itaquera – Palmeiras/Barra Funda), a mais lotada do metrô paulistano, com movimento diário de cerca de 1,5 milhão de passageiros, é de 8,6 pessoas por metro quadrado. Cada uma é obrigada a se equilibrar em uma área equivalente a um quadrado com 12 centímetros de lado. Passageiros dizem que o limite, há muito tempo, está além do suportável. Só a Linha 3, depois da integração com o bilhete único, em 2006, recebeu 70 mil novos passageiros por dia, em média.


“Briga, empurra-empurra e discussão eu vejo direto”, conta a bancária Aparecida Conceição Rasino, que usa a Linha 3 diariamente. “Não dá para entrar nos trens, é insuportável. E fica ainda mais difícil por causa da falta de educação de alguns passageiros.”


O analista de sistemas Rodrigo Persoto, que pega metrô entre a Vila Matilde e a Sé todos os dias, confirma que as brigas são freqüentes dentro das composições. “Não é só na plataforma, já vi muita gente perder estações por não conseguir descer e ficar nervosa, empurrar. O outro não gosta e aí é briga na certa.” Segundo ele, os próprios passageiros costumam separar as confusões.


NÚMEROS


33%


das ocorrências no Metrô são furtos a passageiros. Foram 41 casos em janeiro e 33 em fevereiro


20


roubos neste mês envolveram ameaças.E o problema vem crescendo. Foram 9 ocorrências em janeiro. As principais vítimas são comerciantes com quiosques nas estações


930


Seguranças trabalham hoje no Metrô, divididos em dois turnos. Uma das prisões que fizeram foi de um homem que passou parte de uma madrugada, no ano passado, retirando um painel metálico da Estação República, sem saber que estava sendo filmado

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Fonte: O Estado de S. Paulo

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