O empresário Eike Batista, da MMX Mineração, acompanhado do seu pai, o engenheiro Eliezer Batista, que foi presidente da Companhia Vale do Rio Doce, solicitaram ontem a intermediação do governador Aécio Neves para que esta última mineradora reative o ramal que liga Mariana, em Minas Gerais, a Campos dos Goytacazes, no litoral norte-fluminense.
A ferrovia , numa extensão de mais de 500 quilômetros, foi adquirida pela Vale no processo de privatização da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e imediatamente desativada porque sua operação foi considerada antieconômica.
Oficialmente o trecho é de propriedade da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), subsidiária da Vale que atua basicamente no interior de Minas e Bahia. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas, Márcio Lacerda, que esteve presente à audiência, a mineradora tem obrigação de devolver o ramal ao governo federal, no final do prazo de concessão e nas mesmas condições em que a recebeu. “Como será um investimento muito caro, em torno de R$ 2 bilhões, o governo mineiro tentará acordo entre a Vale e MMX para que a ferrovia volte a operar”.
O secretário informou, também, que o governo de Minas está formatando parceria público-privada (PPP) para conclusão do metrô de Belo Horizonte, obra que se arrasta há 25 anos e que tem extensão inferior a 20 quilômetros, de um total previsto de quase 100. O projeto inclui trecho subterrâneo entre o elegante bairro da Savassi até o começo da avenida Antônio Carlos e, ainda, a ligação do distrito de Venda Nova ao futuro Centro Administrativo, no caminho para o aeroporto de Confins. O projeto foi encaminhado semana passada à ministra Dilma Rousseff e tem custo estimado em R$ 3 bilhões.
Na mesma audiência de ontem, a MMX Mineração assinou protocolo de intenção com o governo de Minas para construção de mineroduto que sai da mineira Conceição do Mato Dentro e segue até o porto de Açu, em São João da Barra (RJ).
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