A Companhia Vale do Rio Doce quer ampliar a produção de pelotas na China e na Malásia a fim de atender ao aumento da demanda. O diretor de Ferrosos da Vale, José Carlos Martins, informou que a empresa procura sócios para a construção de uma pelotizadora na Malásia que deverá produzir entre 6 milhões e 7 milhões de toneladas de pelotas por ano. “Estamos discutindo com clientes da Malásia. Lá tem muita redução direta e é um mercado natural para pelotas”, disse.
O minério utilizado na unidade, primeira pelotizadora do país, será brasileiro. “O consumo na Malásia hoje é de 4 milhões de toneladas, mas vai crescer muito. Estamos negociando e temos intenção de construir”, acrescentou.
A Vale também pretende expandir sua pelotizadora de Zhuhai em uma joint venture com uma sócia chinesa, disse Martins. A capacidade da fábrica chinesa, na qual a Vale possui 25% de participação, poderá aumentar em 2 milhões de toneladas por ano.
A demanda global de minério de ferro de além-mar subirá de cerca de 860 milhões de toneladas, este ano, para 1,1 bilhão até 2012, alimentada pelas compras da China, disse Martins. “As pelotas se tornarão cada vez mais o material preferido no mercado.”
O preço do minério de ferro subiu pelo sexto ano consecutivo devido à demanda dos mercados emergentes, “desabastecimento” que deverá continuar provavelmente por mais três anos, disse.
O diretor da Vale defendeu que o sistema atual de negociação do preço do minério de ferro seja mantido e descartou o uso de empresas intermediárias (tradings) para coordenar o processo. “A gente negocia independente das outras (mineradoras). As australianas pensam diferente, mas é o mercado que vai decidir.” Martins alertou que a negociação de petróleo por tradings é uma das responsáveis pela forte elevação nos preços da commodity.
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