A ALL (América Latina Logística) inicia este mês a operação ferroviária de contêineres via Terminal Global II, no porto de São Francisco do Sul (SC). Para isso, firmou uma parceria com a catarinense Global Logística. A construção do terminal, que possui volume inicial de 15 mil TEUs anuais, exigiu investimentos de R$ 1 milhão. O Global II é o 11º terminal de captação de cargas por contêiner da ALl, que amplia sua participação para os seis principais portos do Mercosul.
A 3 quilômetros do porto de São Francisco do Sul e 100 quilômetros do porto de Itajaí, o terminal conta com 70 mil metros quadrados de área e capacidade estática para 1 mil contêineres, podendo movimentar mensalmente até 6 mil TEUS, entre importação, exportação e cabotagem. A operação será intermodal, com o trajeto principal percorrido por ferrovia até o terminal, onde as cargas são transferidas para caminhões até o ponto de descarga nos portos de São Francisco e Itajaí.
“Até o fim do ano passado, o acesso de contêineres aos portos de São Francisco e Itajaí era exclusivamente rodoviário. Com a parceria, passaremos a oferecer uma nova opção logística aos importadores e exportadores ”, afirma o diretor de Industrializados da ALL, Alexandre Campos.
Na operação, prevê-se a movimentação de produtos como congelados (aves, bovinos e suínos), produtos alimentícios, madeira, bobinas, cerâmicas e siderúrgicos. Entre as principais origens estão o oeste de Santa Catarina, norte e oeste do estado do Paraná e centro-oeste brasileiro. O terminal atenderá também o estado de São Paulo, principalmente no segmento de cargas secas de importação. “Com esta operação, abrimos uma nova fronteira logística em Santa Catarina, com grande perspectiva de crescimento”, revela o diretor da Global Logística, Cláudio dos Santos.
Crescimento – A parceria traz para a ALL a perspectiva de crescer ainda mais no segmento de contêineres. “Vamos crescer 60% em volume neste segmento em 2008”, informa o diretor de Industrializados da ALL, que movmenta mais de 80 mil TEUs, incluindo as operações na Argentina, e uma distância média percorrida de mil quilômetros.
“Tradicionalmente, as ferrovias brasileiras tinham foco em commodities e minério. Nós queremos ampliar o mix de produtos transportados, tornando a ferrovia competitiva e atrativa para os clientes dos segmentos industriais”, acrescenta.
Um dos destaques na movimentação de contêineres é a operação de produtos frigorificados. A operação teve início em 2003, para o cliente Sadia, seguida por empresas como Frangosul, Seara e Perdigão. Desde então, a empresa cresceu mais de 20 vezes em volume de frigorificados.
Mercosul – A empresa ganha cada vez mais espaço no Mercosul. No primeiro trimestre de 2008, aumentou em 20% a movimentação de cargas industrializadas nos fluxos desse mercado, atingindo 6 mil TEUs. O crescimento deve-se a maiores volumes nos segmentos automotivo, com aumento de 60% no fluxo exportação, consumo, com a importação 25% maior de farinha, e florestal, com um crescimento de 54% no fluxo Brasil-Argentina. As operações nestes dois países não param de crescer.
“Nossa intenção é ampliar mercado, conquistando cargas dominadas pelo caminhão e por cabotagem e dobrar a participação da ALL no volume movimentado entre os países do Mercosul nos próximos três anos”, afirma Felipe Guimarães, gerente de Industrializados Mercosul da ALL. O principal alvo da empresa encontra-se nas nos segmentos siderúrgico, de consumo, automotivo e minério.
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