O governo estadual e a prefeitura de São Paulo se comprometeram nesta terça-feira a entregar mais uma linha do metrô até 2012 e outras três estações da linha 2-verde até 2010. A medida é mais tentativa de melhorar o trânsito da cidade, que na semana retrasada bateu sucessivos recordes de congestionamento.
A nova linha, segundo os secretários municipal dos Transportes, Alexandre de Moraes, e estadual dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, começará na Freguesia do Ó (zona norte) e terminará na estação São Joaquim, na região central, que já existe e faz parte da linha 1-azul (Jabaquara-Tucuruvi).
Os cerca de R$ 75 milhões que serão usados nos estudos realizados antes das obras foram anunciados pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), hoje. O Metrô está subordinado ao governo estadual, mas a prefeitura pode investir por ser acionista da empresa. Segundo Moraes, a administração deve gastar, ao todo, R$ 1 bilhão.
A previsão do governo é a de que os três estudos –funcional, básico e executivo– fiquem prontos até 2010.
A linha anunciada hoje tem pouco mais da metade das estações previstas no Pitu 2025 (Plano Integrado de Transportes Urbanos), proposta de rede de transporte necessária para o ano de 2025. O plano prevê outras oito paradas depois da São Joaquim.
Segundo estimativas do governo do Estado, as novas estações –Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Turiassu, PUC, Angélica, Higienópolis-Mackenzie e Bixiga– devem beneficiar 800 mil pessoas. A linha terá 18,3 km de extensão.
De acordo com o secretário Portella, a quantidade e a localização das paradas pode mudar após a elaboração dos projetos.
Linha 2-verde
Na zona leste, outro trecho (Vila Prudente-Oratório) que originalmente faria parte da linha 6-laranja deve ser construído, mas como continuação da linha 2-verde. A obra irá consumir cerca de R$ 600 milhões e ter 300 mil usuários. O prazo para conclusão é dezembro de 2009.
Rodízio
A prefeitura de São Paulo avalia também a extensão do rodízio de veículos, segundo secretário Moraes como mais uma medida para tentar melhorar o tráfego em São Paulo. Na próxima terça-feira a pasta entrega ao prefeito Kassab estudos que ele mesmo encomendou para avaliar a viabilidade do aumento na restrição.
No início do ano passado, Kassab havia afirmado que alterar o rodízio municipal de veículos “não está em consideração”. Para o secretário, no entanto, a prefeitura não voltou atrás. “A administração [municipal] não reviu nenhuma posição. O que o prefeito vem falando e programando são questões de curto, médio e longo prazo”, diz Moraes.
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