O Metrô espera arrecadar, neste ano, R$ 84,7 milhões com receitas não-tarifárias, 50 % a mais que o obtido no ano de 2006: R$ 56,5 milhões. A receita não-tarifária é composta de valores obtidos com a locação de espaços, publicidade em trens e estações, participação no faturamento de shopping centers e da administração de terminais rodoviários.
Em 2007, já foi registrado um aumento na arrecadação, que fechou com ganhos de R$ 78,4 milhões, 39,34% superior a 2006. A política de novos negócios, paralela à principal atividade do Metrô que é o transporte, teve início em 1974. Naquele ano, foram realizadas pesquisas de mercado para identificar o potencial mercadológico de áreas de propriedade da Companhia localizadas nas estações e terrenos no entorno.
Os estudos permitiram que nos anos seguintes acontecesse a construção de shopping centers, a mídia metrô, a criação de terminais rodoviários e estacionamentos, o credenciamento de empresas para exploração comercial de estandes promocionais e a implantação de comércio nas estações para ocupação temporária.
Atualmente, os espaços disponíveis permitem a divulgação e o consumo para uma grande massa. São 3,2 milhões de pessoas em média que transitam diariamente pelas 55 estações, o que possibilita a segmentação do público alvo, a visibilidade do produto e respostas rápidas para o negócio, além de ser um espaço comercial de grande capacidade para as vendas.
A renda obtida com a receita não-tarifária é destinada a melhorias e à manutenção do sistema metroviário.
Comércio no Metrô
O Metrô possui 600 lojas espalhadas por suas estações. O comércio dentro das dependências da Companhia rendeu, no último ano, R$ 20,3 milhões de receita não-tarifária. Segundo pesquisa realizada pela Gerência de Operações do Metrô, 77% dos usuários entrevistados consideram o comércio dentro das estações muito bom ou bom e 71% o avaliam como boa opção de compra.
Por falar em compra, o Metrô conta atualmente com quatro shopping centers anexos às estações. O primeiro foi o Tatuapé, inaugurado em 1997; em 2001, veio o Santa Cruz; no ano passado, foram inaugurados mais dois: o Boulevard Tatuapé, em maio, e o Itaquera, em novembro. Para 2009, está prevista a inauguração do shopping Tucuruvi.
A receita obtida com a parceria entre o Metrô e os shopping centers correspondem a 20% do total da receita não-tarifária. Além de fácil acesso para a população, um dos principais benefícios dos shopping é a geração de empregos. As quatro unidades têm um quadro com 12. 500 trabalhadores. Os shoppings também proporcionam o aumento na receita tarifária, já que estimula o público a utilizar o Metrô também em finais de semana e feriados.
Outro segmento que cresce na área de negócios é a Mídia Metrô. Mesmo antes da Lei Cidade Limpa, em 2007, a procura por espaços publicitários aumentou. Entre as modalidades oferecidas estão painéis em trem e estações, back ligth (banner luminoso), adesivações em trens, acessos e estações, banner, anúncios em bilhetes entre outros. O período de veículação varia de 30 a 180 dias. Em 2007, a Mídia Metrô gerou R$ 18,6 milhões.
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