A primeira grande mudança na gestão do grupo EBX de Eike Batista após a venda da maior parte da MMX Mineração e Metálicos S/A para a Anglo American é a nomeação de Rodolfo Landim para a presidência da OGX, o braço de petróleo e gás e nova menina dos olhos do bilionário. O cargo era ocupado por Francisco Gros, ex-presidente da Fosfértil. Com a mudança, ocorrida esta semana, Gros vai para a vice-presidência do conselho-executivo da petrolífera.
A OGX já nasceu grande. Comprou 21 blocos exploratórios na 9ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP), no ano passado, alguns em parceria com a Maersk e com a francesa Perenco, pelos quais pagou US$ 900 milhões. E de imediato ficou na oitava posição entre as maiores detentores de áreas exploratórias do país. Segundo Landim, a OGX tem áreas promissoras que somam um potencial de reservas de 4,8 bilhões de barris contabilizados pela certificadora internacional DeGolyer and MacNaughton.
Agora, serão necessários mais US$ 1,37 bilhão para iniciar os investimentos previstos no contrato com a ANP. Para cumprir o cronograma, que prevê estudos de sísmica e perfuração de poços, a OGX pretende captar US$ 3,36 bilhões. A empresa pretende abrir o capital em junho fazendo uma oferta pública de ações no Novo Mercado da Bovespa. A exemplo da MMX, a operação será coordenada pelo Credit Suisse, UBS Pactual, Itaú e Merrill Lynch. A idéia de Batista é pôr no free float 40% do capital da empresa.
Será o terceira abertura de capital de empresas da holding EBX, que começou com a empresa de mineração (MMX) e foi seguida pela de energia (MPX). A LLX, de logística, não vai necessitar de uma oferta inicial (IPO em inglês), porque se tornará pública automaticamente quando suas ações forem oferecidas aos acionistas da MMX quando esta for submetida a um processo de cisão para liberar os ativos comprados pela Anglo American.
A crise do subprime não preocupa Batista. Existe espaço para fazer IPO de coisas grandes e bonitas, com enorme potencial. Os investidores querem escala e liquidez, afirma ele.
O road show para atrair investidores começa na próxima semana. Segundo Batista, vários interessados já estiveram em seu escritório no bairro do Flamengo, Zona Sul do Rio. Entre eles o presidente do Centro Financeiro Internacional de Dubai, Omar Bin Sulayman. Agora, os executivos da OGX vão começar um giro pela Europa, Estados Unidos, Oriente Médio e Ásia.
Em dezembro do ano passado, a empresa fez uma emissão privada com captação de US$ 1 bilhão. Entre os investidores institucionais que entraram na OGX estão o canadense Ontario Teacher´s Pension Plan (OTPP), maior investidora na operação, além do Gávea Investimentos, pilotado por Armínio Fraga; e dos banqueiros André Esteves e Gilberto Sayão, ex-Pactual. O próprio Batista diz que investiu, como pessoa física, outros US$ 370 milhões. Ele estima o valor de mercado da OGX, ainda antes do IPO, em US$ 16,3 bilhões. O futuro dirá.
Para pilotar a MMX no lugar de Landim foi indicado Joaquim Martino, ex-diretor de operações do Sistema Carajás da Vale e ex- diretor de operações dos três sistemas da MMX – Amapá, Minas Rio e Corumbá. Um super-administrador que, segundo Batista, colocou o projeto de mineração da MMX Amapá em pé em tempo recorde, um ano e oito meses. Nelson Guitti, ex-diretor financeiro da BR Distribuidora, permanece na diretoria financeira da MMX.
Batista discorda da avaliação de que a MMX tenha emagrecido depois da venda do controle do Sistema Minas-Rio e 70% do Sistema Amapá à Anglo American. Eu vendi parte da MMX para a Anglo para capitalizar o grupo. O investidor quer que você invista o dinheiro que ele lhe dá, que você crie riqueza, mas não se apaixone pelo ativo. O negócio é criar riqueza, comenta. O plano original da MMX previa produzir quase 40 milhões de toneladas. Agora ficará com 6 milhões, com previsão de chegar a 15 milhões nos próximos anos.
Batista diz que foi convi
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