Faturar R$ 120 milhões em 2008 com a produção e venda de aproximadamente 800 vagões, sendo parte deles destinado ao mercado externo. Essa é a projeção com a qual trabalha atualmente a direção da empresa Santa Fé Vagões, instalada em Santa Maria desde o final de 2005. Para alcançar esse objetivo, desde o começo do ano foram contratados mais 80 profissionais para a unidade local e adquiridos novos equipamentos de alta tecnologia que permitirão fabricar novos modelos de vagões.
Além de atender o mercado interno, a empresa passou a vender seus produtos também para países sul-americanos, como Argentina e Venezuela. Para dotar a fábrica das condições necessárias para ampliar a produção, foram investidos R$ 2 milhões em tecnologia. O dinheiro foi aplicado na aquisição de uma máquina de última geração de corte a plasma, uma máquina de solda a arco submerso, instalação de novas pontes rolantes, dobradeiras de tubos e outros equipamentos.
A máquina a plasma já está em operação e possibilita o corte automatizado de chapas de aço utilizadas na confecção de vagões, trabalho antes feito manualmente por operários. O equipamento garantiu mais agilidade ao processo produtivo e a liberação, para outros setores da fábrica, dos trabalhadores que anteriormente executavam o serviço. Da mesma forma, a máquina de solda a arco submerso representou um ganho em termos de qualidade. Ela está sendo utilizada para fabricar os maiores vagões tanque do mercado, com capacidade para carregar 100 mil litros de líquidos inflamáveis ou não. Já as novas pontes rolantes estão instaladas junto ao teto em toda extensão do pavilhão onde se fabricam os vagões, tendo capacidade de suspender materiais de até sete toneladas.
Atualmente, a unidade da Santa Fé Vagões sediada na cidade possui 260 funcionários e produz diversos tipos de vagões, como graneleiro, tanque, plataforma e gôndola, sendo este último destinado ao transporte de minérios. “Hoje, produzimos qualquer tipo de vagão de carga. Temos condição de fabricar aproximadamente 15 tipos diferentes de vagões”, salienta o presidente da empresa, Antonio Giudice.
Ele salienta que o incremento da produção previsto para 2008 é baseado no momento favorável de vendas para o mercado interno e externo, diferente do que ocorreu em 2007 quando a empresa precisou reduzir o número de colaboradores. Parte dos que haviam sido dispensados estão entre os 80 recentemente contratados. “Esperamos que esta situação positiva se mantenha e que em 2009 possamos repetir ou ampliar o faturamento previsto para este ano”, acrescenta Giudice.
Exportações devem se expandir para países da África
Em relação ao mercado externo, a Santa Fé Vagões não está focando seus negócios apenas nos países sul-americanos, mas também realiza tratativas para vendas futuras no continente africano, especialmente para África do Sul e Botswana. A informação é do presidente da empresa, Antonio Giudice.
Para o mercado sul-americano, já estão em execução dois contratos. O primeiro é relativo a construção de dois protótipos de vagões graneleiros para uma empresa argentina. O outro é referente ao fornecimento de 11 vagões do tipo plataforma-siderúrgico para uma empresa empresa venezuelana.
Ao mesmo tempo, a Santa Fé não se descuida do mercado brasileiro e atualmente trabalha na fabricação de um lote de 90 vagões tanque para a América Latina Logística. Aproximadamente 60% da encomenda já foi concluída e entregue.
“Outro aspecto importante é que já produzimos cerca de 90% dos componentes, ou seja, das peças, que utilizamos para construir nossos vagões”, ressalta Antonio Giudice.
O presidente da Santa Fé lamenta apenas que a entrega dos vagões fabricados em Santa Maria não possa ser feito através de variadas formas de transporte, o que baratearia os custos. O transporte por ferrovia, por exemplo, é dificultado pelo fato de haver dois diferentes tipos de bitola na malha ferroviária brasileira. Já a u
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