A ameaça de greve dos ônibus urbanos de Fortaleza fez com que aumentasse a demanda de passageiros pelos trens metropolitanos. Apesar de não ter ocorrido a paralisação dos rodoviários, muitos usuários desavisados chegaram cedo às plataformas das estações ferroviárias, a fim de não chegarem atrasados ao trabalho.
Uma cena comum do temor pela greve e da desinformação sobre os desdobramentos do movimento era visto cedo da manhã com os trens lotados e os ônibus vazios. O Diário do Nordeste acompanhou a viagem do trem das 6 horas, saindo de Vila das Flores, em Pacatuba, até a Estação João Felipe, no Centro. Ao contrário dos outros dias, os intervalos nos horários de picos foram diminuídos de uma para meia hora.
Em Maracanaú, o trem que já havia passado pelas estações de Vila das Flores e Conjunto Jereissati, já estava lotado, não havendo mais lugares vazios nos bancos. À medida, que ia passando pelas localizadas nos bairros de Aracapé, Conjunto Esperança, Mondubim, Vila Peri, Parangaba até chegar o Otávio Bonfim, aumentava a aglomeração de passageiros.
A estimativa é que os vagões já estavam transportando o dobro de usuários, comparando com os dias normais no horário compreendido entre as 5 e as 7 horas da manhã. O tempo de viagem – 50 minutos – e a tarifa de R$ 1,00 (bem inferior aos R$ 2,50 cobrados pelos ônibus que saem de Maracanaú com destino a Fortaleza), são motivações pela opção por trens.
O assessor de comunicação da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos Página inicial do (Metrofor), Fernando Mota, disse que a possibilidade de aumento da demanda fez com que o setor operacional da Companhia rodasse com a capacidade máxima de locomotivas e vagões.
Ao todo, informou, circularam nos horários de pico 33 carros de passageiros e sete locomotivas. Ele salientou que também houve uma atenção para se redobrar o número de pessoal, principalmente os vigilantes nas estações e da Polícia Ferroviária. “Nossa preocupação em servir bem os usuários nos obrigou a operar com a capacidade máxima, a exemplo do que aconteceu na última greve de ônibus”, ressaltou.
RESULTADO
Autoridades avaliam ação de prevenção aos efeitos da greve
A operação para minimizar os efeitos da greve dos rodoviários de Fortaleza foi considerada um sucesso entre representantes da Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal, Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania de Fortaleza (AMC) e Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor).
Durante reunião, realizada ontem à tarde, na sede da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado, autoridades responsáveis pelos órgãos concordaram em manter o mesmo esquema da operação de prevenção, com o mesmo efetivo disponibilizado, até ser descartada qualquer ameaça de greve.
“Tudo correu normalmente, neutralizamos qualquer ação de obstrução nas garagens e nos terminais de ônibus. A segurança nos corredores de ônibus também foi garantida”, informou o Comandante do Policiamento da Capital (CPC), coronel Sérgio Costa.
Para Ademar Gondim, presidente da Etufor, a decisão judicial de ilegalidade da greve foi cumprida e o direito de manifestação daqueles que não concordam com a decisão foi assegurado. “Hoje (ontem) pela manhã, houve uma ação da Conlutas numa garagem, mas nada atrapalhou a circulação dos ônibus, que ocorreu normalmente”, disse.
Ocorrência
Segundo o coronel Sérgio Costa, a única ocorrência, até o início da noite de ontem, foi o apedrejamento de um ônibus na Avenida José Bastos. O motorista sofreu ferimentos leves e foi atendido no Frotinha da Parangaba.
CONVENÇÃO COLETIVA
Sindiônibus afirma que 100% da frota circulou
Fortaleza possui uma frota de 1.623 ônibus e de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), 100% da frota circulou normalmente ontem. O relatório com o total de ônibus que circularam fo
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