A construção dos canais de navegação fluvial foi praticamente interrompida pelo surgimento da ferrovia na década de 30 do século XIX. A extensão total das vias navegáveis então atingiu um total de 26.000 milhas, correspondente a 41.600 quilômetros, valores expressivos para a época.
A partir da metade do século XIX, as ferrovias americanas foram absolutas como o meio de transporte mais utilizado até a II Guerra Mundial, praticamente no meio do século XX. A partir dessa data, os caminhões começaram a evoluir na mecânica (motor e transmissão) e, principalmente, na tonelagem transportada, ultrapassando as cinco toneladas, medida padrão desses veículos no período pré-guerra.
As ferrovias, por sua vez, atingiram no a extensão de 450.000 quilômetros no seu apogeu, somadas as linhas principais, as chamadas transcontinentais, e os pequenos ramais. Uma verdadeira rede capilar que atingia a totalidade das áreas produtivas do País.
Nos anos 70, a concorrência rodoviária exigiu a desregulamentação das ferrovias. Desde o Ato Staggers de 1980, as ferrovias têm recebido centenas de bilhões de dólares em equipamentos e infra-estrutura, melhorando dramaticamente a segurança, o volume de serviço e a eficiência. Ao mesmo tempo, as tarifas caíram substancialmente, tornando os fretes americanos os mais efetivos do mundo para o serviço ferroviário. Simultaneamente, o Ato Staggers erradicou os ramais anti-econômicos e deu prioridade para a operação dos grandes eixos ferroviários. Essa ação diminuiu a extensão ferroviária americana para os atuais 153.328 quilômetros.
A nascente indústria automobilística das primeiras décadas do século XX se firmou como meio de transporte de carga após a II Guerra Mundial. A evolução dos veículos cuja capacidade atingiu 50 toneladas foi acompanhada de uma fantástica construção de rodovias, principalmente as auto-estradas, chamadas de highways, com pistas duplas com interseções e trevos, em níveis separados. Na década de 1960, sua extensão somava mais de 3.500.000 de milhas, equivalentes a aproximadamente 5.800.000 de quilômetros, ultrapassando os 4.000.000 de milhas na virada do século XXI.
Finalmente, os oleodutos seguiram a mesma tendência da diminuição das ferrovias, agora utilizados para atender principalmente a ligação das refinarias aos grandes centros de distribuição. Tendo ocorrido uma redução de extensão total de 400.000, em 1960, para 255.000 quilômetros em 2005.
Entretanto, a evolução da rede de gasodutos foi fenomenal, atingindo taxas de crescimento maiores do que as ocorridas nas rodovias, principalmente devido ao intensivo uso industrial e residencial do gás natural, cuja rede de distribuição, muito capilarizada, abastece diretamente esses consumidores. A extensão total da malha de gasoduto passou de 900.000 quilômetros em 1960 para 2.300.000 quilômetros em 2005.
Considerando apenas as extensões, a rodovia (70%) e o gasoduto (25%), abrangem 95% de toda a malha de transporte americano. Porém, uma logística inteligente aliada a uma eficiente operação, que utiliza adequadamente as malhas ferroviária e hidroviária, têm como resultado uma econômica matriz de transportes, assunto que veremos no próximo artigo.
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