A América Latina Logística (ALL) tem a meta de chegar a 2020 com produção de 150 bilhões de TKU (tonelada por quilômetro útil), mantendo o investimento atual de R$ 700 milhões por ano, um montante, em 12 anos, de R$ 8,4 bilhões. A capacidade seria mais que quadruplicada, já que a operadora logística encerrou o ano passado com 35 bilhões de TKU. A estimativa para este ano, segundo Bernardo Hees, presidente da operadora de logística, é atingir um consolidado de 40 bilhões de TKU.
Trecho em negociação
“Ainda estamos sofrendo com o ‘paro’ agrícola na Argentina, com a rodovia sem operação, mas a previsão é voltar à normalidade esta semana”, conta Hees. Ele acredita que não haverá impacto no resultado do ano, já que a participação é pequena – 4% do Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) com 7 mil km de malha, do total de 20 mil km – e a companhia tem compensado o volume de negócios no Brasil. Este ano a operadora adicionou 50 locomotivas e 1,5 mil vagões à capacidade de distribuição.
Os planos de expansão da companhia, que tem 80% do capital pulverizado e mantém entre os principais acionistas GP Investments, Previ, Delara e BNDESPar, podem ganhar mais agilidade quando o Projeto Rondonópolis sair do papel. A ALL é apenas operadora e não constrói ferrovias, por isso busca parceiros que o façam. No caso da linha que vai do Alto Araguaia para Rondonópolis, dois grupos de investidores, cujos nomes são mantidos em sigilo, estão avaliando o projeto, que demandará entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões. A América Latina Logística fica como espécie de locatária, pagando por 25 anos sobre o número de toneladas transportadas.
“A ferrovia é para 2011 a princípio e deve atender especialmente demanda de carga de soja, cana, combustível e frigorificados”, adianta Hees.
Em 2006, a companhia se fundiu com a Brasil Ferrovias, que tinha uma operação deficitária, mas agregou malha, tornando-se a maior operadora logística com base ferroviária da América Latina.
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