Dificuldades em Serra Sul afetam meta da Vale

A Vale, que lidera a produção mundial de minério de ferro, com previsão de 325 milhões de toneladas neste ano, admitiu na sexta-feira que enfrenta dificuldades para concretizar sua meta de atingir 450 milhões de toneladas em dezembro de 2012, conforme plano traçado pela companhia. O principal problema é viabilizar no prazo a instalação da megamina Serra Sul, na também megajazida de ferro de Carajás, no sudoeste do Pará. 


Serra Sul, com investimento orçado na faixa de US$ 10 bilhões na época do anúncio, tem uma capacidade projetada, no início de suas operações, de 60 milhões a 70 milhões de toneladas por ano. 


Enfrentamos desde problemas de licenciamento ambiental, de encomenda de equipamentos até disputa interna [na companhia] por recursos financeiros, afirmou Fábio Barbosa, diretor-executivo de finanças da empresa durante apresentação a analistas de mercado. Estamos fazendo um esforço enorme para garantir equipamentos com os fornecedores para evitar atraso nas obras, acrescentou o executivo. 


Para este ano, a previsão da Vale é produzir 10% a mais que no ano passado, conforme apresentação feita a analistas em maio, no Rio. Em 2007, o volume ofertado pela companhia alcançou 296 milhões de toneladas. A empresa opera dois sistemas de produção – Sul, concentrado em Minas Gerais, e Norte, no Pará, especificamente na jazida de Carajás. 


Tem sido um trabalho pesado, afirmou o diretor, explicando que há desafios em todas as frentes para implementar os projetos de ferro e outros, devido ao cenário de aquecida demanda por equipamentos e serviços. O aumento dos custos é um fator que tem pesado muito nos novos projetos. Hoje, o valor de implantação de um projeto como Serra Sul é cinco a seis vezes mais que cinco anos atrás para uma obra similar. O executivo lembrou que a meta de 450 milhões está muito vinculada com o projeto da mina Serra Sul. 


Conforme uma fonte ouvida pelo Valor, essa meta enfrenta outra dificuldade de peso: a duplicação da ferrovia, que liga a mina de Carajás ao porto de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), num percurso de quase 900 km. É uma obra de expressiva magnitude, pois grande parte da ferrovia terá de ter sua via duplicada de fato. Não se trata apenas de pôr mais material rodante (locomotivas e vagões) em operação. 


Segundo Barbosa, além do aumento de custos dos equipamentos, em um mercado extremamente demandante por minério, os investimentos ficaram mais elevados com a queda do dólar mundialmente, especialmente com a apreciação do real frente à moeda norte-americana. Ele observou: Essa é uma área da qual não devemos esperar grandes vitórias.. O que ocorre, pontuou, é que há uma pressão estrutural de custos [no mundo] associada ao momento em que vivemos. 
O diretor destacou, no entanto, que a Vale está ampliando sua exposição ao ciclo de alta nos minérios por avaliar que a demanda, especialmente da China, continuará forte. Em 1999, o país participava apenas com 55 milhões de toneladas no mercado transoceânico, de 411 milhões. No ano passado, respondeu por 48% das 780 milhões de toneladas que foram comercializadas. A previsão para 2012 é que a siderurgia chinesa buscará nesse mercado 625 milhões de toneladas da matéria-prima, 56% do total previsto – 1,115 bilhão de toneladas. 


Segundo o diretor da Vale, já se observa uma queda nos preços do mercado spot (à vista) na China, em função de um grande acúmulo do produto nos portos chineses, o que já se reflete nos fretes mais baixos para transporte da commodity. Para Barbosa, no curto prazo esse mercado, restrito à China, deve se enfraquecer.



 

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Fonte: Valor Econômico

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