A partir desta quarta-feira, quem circular na linha 2 do metrô (Nation a Porte Dauphine) de Paris vai se surpreender: um trem colorido, mais confortável, ecológico e com ar refrigerado é a grande novidade às vésperas da chegada do verão, revela reportagem publicada na edição desta quarta-feira do jornal O Globo. Para quem já suou no metrô de Paris no verão, é um alívio.
A substituição dos trens do metrô da capital francesa, que transportam 5 milhões de pessoas por dia, vai ser progressiva, segundo a empresa estatal que opera a rede, a Administração Autônoma des Transportes Parisienses (RATP). Os novos trens vão circular a uma velocidade máxima de 70 km/h, em vez de 100 km/h, e serão menos barulhentos que os anteriores. No total, vão consumir 30% menos energia do que os modelos dos anos 70 ainda em circulação.
O sistema de ventilação também é inovador e gastará menos energia. Os passageiros estarão também um pouco mais confortáveis, graças a cadeiras mais largas (49cm no lugar de 45cm).
Trilha sonora é atração à parte nos trens de Paris
Há cerca de 10 anos, o metrô de Paris deixou de ser apenas um meio de transporte de massa para se transformar em uma rica experiência cultural. Em 1997, a Administração Autônoma des Transportes Parisienses (RATP) uniu o útil ao agradável e abriu espaço para que artistas semiprofissionais mostrassem o seu talento – de forma organizada – aos cerca de 4,8 milhões de passageiros que usam o serviço diariamente. Desde então, no trajeto entre as estações de Saint Lazare e Montparnasse, passando pela Champs Elysées, os viajantes são brindados por atrações culturais diversas, que incluem números de mágica, apresentações de dança e teatro de marionetes, entre outros.
A cada ano, mais de 2 mil artistas solicitam uma autorização da RATP para se apresentar no metrô parisiense, a maioria deles, músicos. Entre os selecionados, 65% são solistas, 22% grupos e 13% duos e trios. A variedade de gêneros impressiona. Há representantes de todos os estilos: clássico, jazz, world music, pop, rock, rap e techno.
A diversidade musical traduz também uma diversidade cultural importante. Apesar de os músicos franceses serem maioria (44%), há artistas de todos os continentes levando a sua música nos trilhos do metrô: europeus (19%), africanos (12%), sul-americanos (10%), asiáticos (7%), norte-americanos (7%).
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