O primeiro elétrico

No dia 8 de outubro de 1892, o Rio de Janeiro passou a ocupar um lugar de destaque entre os países que utilizavam tecnologia de vanguarda no transporte público. Começavam a circular os primeiros bondes movidos a eletricidade, fato inédito no Brasil e também nas Américas, com exceção dos EUA e do Canadá. Coube a primazia à Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico, maior empresa do gênero na época e detentora das linhas que ligavam o Centro à Zona Sul.
 
O primeiro veículo, de número 104, saiu do Largo da Carioca em direção à Rua Dois de Dezembro, no Largo do Machado, onde foi instalada a usina de energia elétrica, com geradores do fabricante Thomson-Houston. Nessa época, não era possível obter-se a energia da rede pública, o que só aconteceria posteriormente, com a inauguração pela Light da usina de Ribeirão das Lajes e da linha de transmissão até a subestação da Rua Frei Caneca.


A viagem inaugural teve como passageiras autoridades de maior relevo, dentre elas o presidente e marechal Floriano Peixoto e o almirante Custódio de Melo, ministro da Marinha, que, em 1893, se tornaria um dos líderes da Revolta da Armada, que causou grande comoção e destruição na cidade.


É difícil se aquilatar o que representou, para as pessoas da época, a introdução dessa novidade, e o ganho de qualidade obtido em termos de conforto e mobilidade, em um tempo em que, até então, o transporte urbano movia-se exclusivamente através da tração animal. Com população de 500 mil habitantes e inexistência de automóveis, que só surgiriam anos depois, o transporte coletivo carioca pôde funcionar em termos quase ideais. Havia grande regularidade, e os deslocamentos, desimpedidos, ocorriam em tempo razoável. A viagem cotidiana tinha todas as condições de se tornar um prazer, e não uma tortura, como enfrentamos hoje em dia.


Não é impossível conseguir-se, atualmente, o mesmo nível de eficiência e qualidade no transporte existente há 120 anos. Para isso, é necessário priorizar o transporte coletivo, com uma grande rede de metrô e vias exclusivas para ônibus e bondes, agora denominados eufemísticamente de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), de modo que estes possam trafegar sem que os automóveis os prejudiquem.


Só com medidas dessa natureza será possível resgatar as conquistas perdidas, oferecendo ao público carioca um transporte coletivo à altura de sua própria história.

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Fonte: Jornal do Brasil

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