O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, afirmou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na área de transportes tem como um dos seus objetivos integrar os portos das regiões Sul e Sudeste do País aos existentes no Norte e Nordeste. Em palestra no seminário “Portos: em busca de soluções”, organizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Nascimento ressaltou que, ao fazer essa interligação passando também pelos principais centros produtores agrícolas, os portos do Sul e Sudeste “que são hoje concentradores de cargas serão aliviados” e os portos do Nordeste “serão melhor aproveitados”.
“A desarticulação dos investimentos públicos em ferrovias nos últimos anos levou a essa excessiva concentração que transformou os principais portos do Sul e Sudeste em ilhas, sem integração com os outros portos do País”, comentou o ministro.
De acordo com ele, as estratégias de investimentos do PAC dos transportes se basearam nos estudos do Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT). O PNLT, disse o ministro, apontou seis portos brasileiros com alto potencial para escoamento de cargas que são: Santos (SP), Itaguaí (RJ), Rio Grande (RS), Suape (PE), Paranaguá (PR) e Itaqui (MA). Esses portos estão no centro dos projetos de ampliação, modernização e interligação com a rede ferroviária.
O ministro descreveu algumas obras e os seus andamentos, afirmando ainda que elas têm como foco o atendimento das regiões de fronteiras agrícolas. “A meta final é promover um equilíbrio da nossa malha e dar alternativas de transportes aos produtores para transporte da produção”, comentou. Segundo ele, o Plano de Logística de Transportes identificou que 58% da malha viária do País hoje são de rodovias, enquanto 25% são de ferrovias. A meta é que em 2025 o Brasil tenha pelo menos 33% da malha em rodovias e 30% em ferrovias.
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