Atraso marca obras na Transnordestina

Brejo Santo. As frentes de trabalho da Ferrovia Transnordestina, que partem de Missão Velha, no Ceará, e Salgueiro, em Pernambuco, estão no meio do caminho, no município de Brejo Santo. Faltam somente cerca de 10 quilômetros para o encontro dos dois canteiros de obras. Esta é a primeira parte dos 1,7 mil quilômetros previstos no projeto total da ferrovia, que deverá ligar o Interior do Nordeste aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE), a entrar em obras.


Nos outros trechos, nenhuma obra foi iniciada. A ordem para o início da construção da ferrovia foi dada há dois anos, e a previsão, de acordo com o projeto inicial, é de que ela esteja pronta em 2010. No entanto, em razão do atraso, o prazo já aponta para 2011.


O projeto está sendo executado pela Empresa Industrial Técnica (EIT), que não fornece nenhuma informação sobre o andamento das obras. Nos escritórios regionais da construtora, a informação é de que somente a Companhia Ferroviária Nacional (CFN), que agora mudou a razão social para Transnordestina Logística, está autorizada a falar sobre o assunto. A Assessoria de Imprensa da empresa, com sede em São Paulo, disse que enviaria por e-mail ou fax dados sobre o andamentos das obras, mas até o fechamento desta edição, a reportagem não recebeu nenhuma informação.


No campo, o Diário do Nordeste apurou que, somente no Lote 1, entre Salgueiro e Brejo Santo, são cerca de dez frentes de trabalho. Em alguns trechos está sendo feito a imprimação do terreno para a colocação dos trilhos que, segundo um dos fiscais da EIT, que preferiu não se identificar, serão instalados por outra empresa.


A linha que liga Salgueiro ao Porto de Suape, já existe, mas será reconstruída. Isso porque a linha atual é em bitola métrica, ou seja, os trilhos têm um metro de distância um do outro, e as ferrovias modernas são feitas em bitola larga, com 1,6 metro de distância.


Os trabalhos de construção da Ferrovia Transnordestina foram iniciados no dia 6 de junho de 2006, há dois anos, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em discurso pronunciado ao lado da Estação Ferroviária de Missão Velha, ele disse que o projeto seria a “redenção” do Nordeste.


“Estamos fazendo essa ferrovia para que o Nordeste brasileiro deixe de ser a eterna região pobre do País e passe a ser uma região rica, desenvolvida, capaz de gerar empregos e oportunidades que a sociedade brasileira precisa”, disse Lula.


Escoamento de produção


Idealizado há mais de um século e com obras paradas há 17 anos, por falta de recursos, o projeto da Ferrovia Transnordestina pode, finalmente, ganhar o mundo real, graças a um financiamento de R$ 4,5 bilhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).


Uma vez concluída, a Transnordestina possibilitará o escoamento da produção de grãos do oeste baiano e do cerrado do Piauí, de frutas cultivadas no Vale do São Francisco, e da produção do pólo gesseiro de Araripina (PE).


Entre os produtos a serem transportados destacam-se os agrícolas, que registram forte crescimento no cerrado nordestino. Da mesma forma avançam as colheitas de milho e algodão. As previsões são de contínua expansão, porque a região é considerada a nova fronteira agrícola do País.


Além dos grãos, há um grande potencial para beneficiar outros segmentos, transportando mercadorias como tijolos, roupas, cal, gesso, mel, calçados, móveis, frutas, minerais, combustíveis e outros produtos, porque a ferrovia vai passar por dezenas de municípios de Pernambuco, Ceará e Piauí, onde se organizam arranjos produtivos locais, novos pólos de produção e áreas já industrializadas, que se tornarão mais competitivos com o novo transporte ferroviário da região.


Matéria publicada em 22/08



 

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Fonte: Diário do Nordeste

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