O IC (Instituto de Criminalística) de São Paulo concluiu seu laudo sobre a abertura do buraco do metrô de Pinheiros e descartou que a cratera tenha sido resultado de uma fatalidade, revela reportagem da Folha de S.Paulo publicada nesta terça-feira.
A investigação da Polícia Técnico-Científica tem 193 páginas, 400 fotos e mil documentos anexados, revela a reportagem.Ele aponta cinco ‘causas preponderantes’ e um leque de ‘fatores contribuintes’ para a cratera. Não traz, assim, apenas um motivo que possa ter levado ao acidente.
As conclusões batem de frente com o laudo apresentado pelo Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras. O documento da construtora avalia que o acidente foi uma fatalidade causada pela presença, sobre o túnel, de uma rocha de 15 mil toneladas.
A lista de causas apontadas pelo IC é bem maior. Na lista estão a seqüência de explosões para abrir o túnel e falta de reforço nas paredes do túnel após os sinais de instabilidade.
Mais contestações
O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) também contestou o laudo do consórcio no início de agosto. Para o instituto, a versão ‘apresenta uma visão incorreta das causas do acidente’. Antes, o consórcio havia atacado o IPT, apontado ‘inconsistências’ no laudo do instituto.
No documento, Metrô e consórcio são considerados culpados. O relatório do IPT apontava má gestão, falhas no projeto e falta de acompanhamento dos sinais de que poderia haver um deslizamento.
Desabamento
O acidente aconteceu no dia 12 de janeiro de 2007, matando sete pessoas: três que iam a pé para a estação de trem, duas que estavam em uma lotação engolida pelo buraco, um office-boy que circulava pela região e um motorista de caminhão que estava na superfície do canteiro.
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