O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira a ampliação em cerca de R$ 7 bilhões dos investimentos para obras de infra-estrutura até 2010. O PAF (Programa de Reestruturação de Ajuste Fiscal) foi assinada pelo governador José Serra e o ministro Guido Mantega (Fazenda).
De acordo com o governo de São Paulo, R$ 4 bilhões serão provenientes do Tesouro estadual e os outros R$ 3 bilhões serão contratados em operações de crédito com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e o Bird (Banco Mundial).
Os R$ 7 bilhões serão aplicados na ampliação da linha 5 (lilás) do metrô, modernização da linha 11 da CPTM (Expresso Leste) e nos programas de recuperação de estradas vicinais, da Serra do Mar e das várzeas do Tietê.
Em comunicado, o governo de São Paulo explicou ter assegurado o direito de ampliar o seu limite de endividamento em decorrência do bom desempenho fiscal obtido com o incremento de receitas e a redução de despesas.
Segundo a administração paulista, a DCL (Dívida Consolidada Líquida) e a RCL (Receita Corrente Líquida) do Estado alcançaram em julho relação de 1,64, abaixo do limite de duas vezes previsto na lei de responsabilidade fiscal –patamar encontrado em julho de 2006.
“Apesar desse endividamento, a relação dívida e receita continua caindo”, afirmou José Serra.
“Esse aumento do endividamento [acima de 1,64] acontecerá com a redução da dívida”, afirmou Mantega. “Nós estamos obedecendo à risca à Lei de Responsabilidade Fiscal.”
Mantega ainda elogiou São Paulo pela decisão de elevar os investimentos. “Nós estamos vivendo em um bom momento da economia. É fundamental que os investimentos cresçam.”
Segundo secretário da Fazendo de São Paulo, Mauro Ricardo Costa, entre as medidas que propiciaram elevar o nível de investimento estão a renegociação de contratos, a redução de cargos comissionados e o remanejamento de pessoal.
Na próxima segunda-feira, Mantega viaja à Porto Alegre para assinar acordo que libera novo endividamento de R$ 1,1 bilhão.
Seja o primeiro a comentar