Pesquisa alerta para crise na rodovia

O transporte de carga rodoviário no país está na iminência de uma crise, segundo pesquisa apresentada ontem pelo Centro de Estudos em Logística da Coppead (instituto de pesquisas da UFRJ). Nos últimos anos, a demanda supera a oferta no setor e a tendência é de concentração em grandes empresas e redução da participação do transporte autônomo.


Segundo o professor Paulo Fleury, da Coppead, após enfrentar um ciclo vicioso na década de 1990, quando o baixo valor dos fretes levava a um percentual baixo de renovação e manutenção, o setor enfrenta hoje alta da demanda e restrição da oferta, com pressão para aumento de preços e eficiência. “Há uma ameaça de crise no setor. É preciso trabalhar para eliminar o desperdício. Os clientes podem até querer trabalhar com uma frota própria, mas não há nem motorista disponível”, disse.


Segundo a pesquisa, 57% dos entrevistados de cerca de 70 transportadores afirmaram que há risco de colapso no transporte rodoviário de carga. A análise por setores mostra que o percentual mais elevado foi encontrado entre as transportadoras que prestam serviços para indústrias de higiene, limpeza e cosméticos (71%). Em segundo lugar, aparecem as que atendem ao setor químico e petroquímico, com um patamar de 60%, seguido pelo do setor farmacêutico (57%).


De 2006 para 2007, o transporte rodoviário de carga cresceu 5,5%. No mesmo período, a frota de caminhões registrou alta de 4,5%. Segundo Fleury, a deficiência de outros modais de transporte intensifica o problema. Só 21% dos cerca de 110 clientes entrevistados entre grandes empresas afirmaram utilizar ferrovias para o escoamento da produção sem encontrar nenhum tipo de problema. Desde 2005, o percentual de transportadoras que afirmam que a demanda supera a capacidade triplicou: de 9% para 28%. Apenas 20% disseram atender à demanda com folga.


A idade média da frota de caminhões no país é de 16,3 anos. Entre os caminhões de empresas, fica em 10 anos, mas, entre os autônomos, sobe para 21,1 anos. Segundo Fleury, as montadoras enfrentam dificuldades hoje para fazer as entregas no prazo previsto. Nesse cenário, as transportadoras estão se tornando mais seletivas, escolhendo negócios com maior lucratividade e dispensando serviços.


Reajuste


“Há maior dificuldade para conseguir contratar transporte de cargas para o Nordeste porque muitas vezes os caminhões voltam vazios”, disse. Para compensar o descompasso entre oferta e demanda, a perspectiva é de preços mais altos nos próximos anos. O reajuste médio em 2008 foi de 6%.


Apenas 14% das transportadoras afirmam ter aplicado reajustes maiores do que os índices de mercado, como os de inflação. Nesse grupo, estão as empresas que usam menos autônomos, têm maior quilometragem por veículo e maior uso da carga de retorno. Do total de entrevistados, 37% afirmam que os preços tendem a ficar melhores para as transportadoras nos próximos anos.



  


 


 


 


 


 


 


 

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Fonte: Folha de S. Paulo

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