Relatório atesta salto na produção de minério

O segmento de minério de ferro está em ebulição no Brasil, alimentado pelo aumento dos preços do produto nos últimos anos e a expectativa de que o consumo mundial deverá continuar em alta. Não só as aquisições de minas estão aquecidas, como a que ocorreu ontem com a venda dos ativos da mineradora da London Mining para a gigante siderúrgica ArcelorMittal, como também o desenvolvimento de novos projetos espalhados por todo o país. 


Um relatório do banco americano Merrill Lynch prevê que, nos próximos sete anos, a produção brasileira de minério de ferro vai quase duplicar, saltando das 376,3 milhões de toneladas previstas em 2008 para 734,2 milhões de toneladas, em 2015. 


O levantamento do banco lista 13 projetos e destaca o papel da Companhia Vale do Rio Doce. A mineradora vai responder sozinha por 65% dessa produção. Apesar do percentual parecer alto, fica abaixo dos 82,4% de participação na produção total do país em 2008. A Vale perderá espaço para o aumento da oferta de novas mineradoras. 


Casa de Pedra, por exemplo, mineradora da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), será a segunda maior produtora de minério brasileiro em 2015, com 60 milhões de toneladas anuais. Se a este volume for somado a produção estimada de 40 milhões de toneladas da Namisa, outra mineradora da CSN, o braço de mineração da siderúrgica de Benjamin Steinbruch alcançaria em 2015 um volume total de 100 milhões de toneladas. Entretanto, 40% da Namisa foi posta à venda pela CSN. O fechamento do negócio, estimado em torno de US$ 10 bilhões pelo mercado, está previsto para acontecer em setembro. 


Uma multinacional do minério, a Anglo American, que adquiriu as minas da MMX Minas Rio e Amapá, de Eike Batista, ocupará até lá o terceiro lugar no ranking das maiores mineradoras do país, com produção estimada de 59,7 milhões de toneladas. As mineradoras que Batista conservou na MMX Sudeste – AVX e Bom Sucesso – chegarão, se não forem vendidas a terceiros, ao quarto lugar desta lista, com 33,7 milhões de toneladas. Em seguida, estará colocada a JMendes, da Usiminas, com 29,2 milhões de toneladas. 


O banco americano trabalha, porém, com a possibilidade de atraso entre um a dois anos na implantação desses projetos por conta de dificuldades de mão-de-obra, fornecimento de equipamentos e atrasos em licenças ambientais. O menor risco, na avaliação da Merrill Lynch, será dos projetos totalmente integrados (mina, ferrovia e porto) como é o caso da Vale. O projeto gigante de Serra Sul, em Carajás, no Pará, estimado em mais de US$ 10 bilhões, poderá começar a produzir 40 milhões de toneladas em 2012. Já em 2015, deverá operar a plena capacidade, ou seja, 90 milhões de toneladas. 


Na avaliação de Rodrigo Ferraz, da Brascan, o importante é avaliar se o crescimento desta oferta de minério no país, que equivale a uma expansão média no período de sete anos de 10%, será compatível com a demanda do insumo por parte das siderúrgicas, estimada em 8% na média do período avaliado pelo banco americano. Para Paolo de Sora, do Hedge Fund do Safra Investimento, “se todos estes projetos entrarem juntos vai sobrar minério de ferro”. Ele acredita, porém, que os projetos vão atrasar. “Naturalmente que o mercado de minério vai ficar mais folgado por conta dos novos projetos, mas continuará sendo ainda um bom negócio. Tudo vai depender do que acontecer na China.” 


O estudo da Merrill Lynch ressalta que o maior risco desse crescimento da mineração no Brasil é não ter apoio logístico. A MRS, por exemplo, um operador privado que liga o “aquecido” quadrilátero ferrífero de Minas Gerais aos portos das siderúrgicas no Rio e em São Paulo, tem um projeto de expansão que contempla mais 39 milhões de toneladas de carga até 2011. Um volume pequeno para transportar as 123 milhões de toneladas dos planos de expansão da CSN, MMX e Usiminas no período. A MRS é controlada pela Vale, CSN e Usiminas. 


 

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Fonte: Valor Online

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