A MRS Logística fechou o primeiro semestre com crescimento de 10% no volume de carga movimentada no porto de Santos em relação ao mesmo período do ano passado. O número foi positivo, mas poderia ser maior se não fosse o transporte de passageiros em São Paulo.
A companhia detém a faixa de domínio da ferrovia que corta a capital, mas só pode usá-la na madrugada, quando trens de passageiros que passam pela estação da Luz, no centro de SP, estão parados. “Crescemos 10%, mas poderíamos ter crescido 30% se não fosse essa restrição operacional”, diz José Roberto Lourenço, assessor da MRS. Esse é um dos principais gargalos do sistema ferroviário de transporte de carga na cidade. A companhia espera ter solução definitiva até o fim do ano. Negociação em curso com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos de SP pode resultar em acordo a partir do qual a MRS poderá construir nova linha, segregando o tráfego de passageiros do transporte de carga. A empresa também aguarda a definição sobre o projeto do trecho norte do Ferroanel, que também permitirá que as composições possam passar pela capital sem interferir nos sistemas de transporte urbano. A obra é cara e polêmica em razão de ser construída sobre a serra da Cantareira, uma das últimas faixas de floresta da capital paulista e de onde vem a maior parte da água que abastece a cidade.
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