A crise financeira internacional não irá afetar os investimentos para as obras do trem de alta velocidade, previsto para ligar as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, disse o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Galvão Coutinho.
Segundo Coutinho, existe uma demanda reprimida por obras de infra-estrutura no País, com oportunidades de investimento de baixo risco e retorno atraente para as empresas. “Não acredito que os recursos para a construção do trecho paulista do trem, que o presidente Lula deseja ver concluído até 2010, estejam prejudicados, pois os principais interessados no projeto são os asiáticos, mais protegidos em relação à possível escassez de crédito”, disse Coutinho.
O presidente do BNDES se referia aos dois consórcios asiáticos que se mostraram interessados na construção e operação do trem, um formado por empresas da Coréia do Sul e outro por companhias japonesas. As declarações foram feitas durante evento para comemorar os 40 anos do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na sexta-feira, e discutir os possíveis efeitos da crise sobre a economia brasileira.
Empresas de pelo menos seis países estão interessadas em disputar o leilão de concessão do trem-bala, que deverá ocorrer em março de 2009. Até agora, 28 empresas, que representam fabricantes mundiais de equipamentos, infra-estrutura e fornecedores de sistemas, manifestaram interesse em participar do projeto.
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