Com US$ 1,1 bilhão para investimentos em logística em Minas Gerais, a MMX, braço da mineração do grupo EBX, do empresário Eike Batista, busca fornecedores para consolidar a produção de 40 milhões de toneladas de minério de ferro em 2013.
O diretor geral da mineradora, Joaquim Martino, apresentou ontem, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte, a proposta de contratação de serviços a 350 empresas de todo o Brasil.
O projeto de logística da MMX Sudeste prevê obras no complexo de Serra Azul (antigas minas AVG e Minerminas), localizadas nos municípios de Igarapé, Brumadinho e São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte, e no direito minerário de Bom Sucesso, a 200 km da capital. “São minas desenvolvidas por empresas de grupos familiares que precisam de readequação operacional”, atestou o diretor comercial da MMX, Chequer Bou Habib.
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A mina de Serra Azul precisa de 8 km de correia transportadora ligando a mina ao terminal ferroviário. Na Unidade Bom Sucesso, haverá a ligação à ferrovia através do mineroduto de 40 km. A ferrovia está baseada em acordo de longo prazo com a MRS Logística. A mineradora contará também com o Porto Sudeste, no Rio de Janeiro, a partir de julho de 2011.
Joaquim Martino ressaltou o diferencial da mina de Bom Sucesso, detentora de teor significativo de magnetita. Os dois ativos compõem o Sistema MMX Sudeste, com investimentos de R$ 1,9 bilhão até 2013.
Para os fornecedores interessados, serão contratados serviços em engenharia básica e detalhada. Na área de suprimentos serão necessárias: estruturas metálicas, tubulações, caldeiraria, transportadores de correia, bombas, compressores, britadores, peneiras, dentre outros itens.
A MMX busca empresas de engenharia com domínio na elaboração de projetos em 3D, contratos sem adiantamento de valores e empresas de construção civil e montagem eletro-mecânica. Além do Sistema Sudeste, a MMX engloba o Sistema Corumbá, a MMX Minera de Chile, além da Reserva Natural Eliezer Batista.
Crise – Com o agravamento da crise do mercado financeiro, o diretor geral da MMX, Joaquim Martino, falou no assunto. “Não está na hora de falar em crise porque há uma série de desdobramentos para o clima de tranqüilidade voltar à economia mundial”.
Se o furacão especulativo do mercado pode atingir os planos da mineradora, listada na Bovespa e também na Bolsa de Toronto, no Canadá, Joaquim Martino é enfático. “É uma empresa com planejamento, temos geração de caixa com 70% dos projetos financiados por parceiros estratégicos e 30% na bolsa”, garantiu Martino, sem mencionar os acionistas da empresa.
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