Paralisação surpreende passageiros de trens

A paralisação de advertência dos trabalhadores ferroviários do Rio Grande Norte causou transtornos a uma parte da população que foi pega de surpresa com a falta de trens. Com a suspensão das atividades por 24 horas, durante todo o dia de ontem, foram realizadas quatro das 26 viagens programadas pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos/RN.


A categoria quer estender o seu Plano de Cargos e Salários a todos os funcionários, mas a CBTU teria anunciado que só os contratados antes de 2001 (quando foi criado o plano de carreira para substituir o PCS de 1990) terão direito ao enquadramento.


Apenas as primeiras e as últimas viagens das linhas Norte (que vai até Ceará-Mirim) e Sul (que vai até Parnamirim) foram realizadas. Na estação de Extremoz o movimento, por volta das 05h30 da manhã, foi considerado normal. Mas boa parte dos passageiros não sabia da greve.


“Não estou sabendo nada de greve nem de paralisação. Não foi passado nada para a gente. Acho isso um absurdo porque os trens já não cumprem os horários determinados e agora vamos ter de ficar até a noite em Natal para pegar o último trem?”, questionou o auxiliar de marceneiro, Sidcleis Queiroz.


A diarista Adriana Cruz também foi pega de surpresa. “Não sei como vou fazer para voltar, planejei o meu dinheiro com base nas passagens de trem e agora vou ter que mudar. É um dia só, mas para mim faz diferença sim porque ao invés de pagar R$0,50 por passagem vou desembolsar R$2,30 de Extremoz a Natal e mais R$1,85 em Natal”, reclamou.


O trem que ela esperava deveria passar por volta das 05h45, mas só chegou às 6h10 e já estava com todos os bancos ocupados com os passageiros vindos de Ceará-Mirim. Um outro problema é a falta de condições das estações, em quase nenhuma delas tem um lugar adequado e seguro para que os usuários possam esperar o trem.


Na manhã de ontem, a estação de trem do Conjunto Panorama não lembrava os dias normais quando centenas de passageiros se amontam para tentar entrar em um dos vagões. Poucos passageiros chegavam ao local por volta das 6h45 da manhã para esperar o trem das 7h. Segundo uma funcionária da CBTU que não quis se identificar, “muita gente sabia da paralisação e resolveu adiantar a saída porque não teria outro trem. A informação saiu até na TV, só os desinformados é que ainda estão aparecendo”.


Entre elas, a operadora de caixa Eugênia Flávia Campos Palhano, que ia aproveitar o dia de folga para visitar os parentes em Ceará-Mirim. “Ia de trem porque é mais barato. Sem contar que não houve uma divulgação dessa parada”, disse Eugênia.


Na estação da Ribeira foi grande o vai e vem de pessoas querendo utilizar o serviço, mas todos tiveram que dar meia volta porque os trens estavam parados. O inspetor de confecções, Juliano Gomes de Oliveira ficou desesperado quando viu que não haveria trem para voltar para casa. “Isso é humilhante! Eu vim no primeiro trem e ninguém falou nada dessa parada. Saí de casa com apenas R$1,00 para pagar a passagem, vou ter que voltar a pé para o Nova Natal, lá na zona Norte”, reclamou Juliano.


Categoria não descarta nova greve


De acordo com o secretário do Sindicato dos Ferroviários do RN, José Ricardo Teixeira, a paralisação de advertência foi um indicativo nacional, já que a proposta da CBTU não atendeu às expectativas de todos os servidores da Companhia.


“Com essa proposta, eles criaram dois blocos de servidores, aqueles contratados até 2001, que vão ter direito ao novo PCS e os que foram contratados depois dessa data, que não terão direito. Inclusive já tem ação na justiça porque isso não é certo”, disse José Teixeira.


Ainda segundo ele, esse novo plano foi enviado de maneira extra oficial para o Departamento Interministerial. “Nós dos sindicatos não recebemos nenhum comunicado a respeito disso. Já do aumento salarial do presidente da CBTU Elionaldo Magalhães, que está ganhando R$19.679,90, todos foram avisados e para isso eles possuem recursos”, contestou o secretário do Sindicato.


Uma outra reclamação da categoria é com relação aos equipamentos e à segurança dos passageiros e servidores da Companhia. “Toda semana acontece arrombamento nas estações e assaltos aos trens, sem contar na precariedade dos equipamentos que têm mais de 30 anos de uso”, disse José Teixeira.
De acordo com a assessoria jurídica da CBTU RN, a categoria não cumpriu o Termo de Ajustamento de Conduta assinado na Procuradoria Regional do Trabalho, pois não foram colocados os 30% dos servidores. Além disso, a assessoria de comunicação informou que todas as negociações com relação ao Plano de Cargos e Salários são feitas com o presidente nacional da CBTU e que no Rio Grande do Norte são feitas apenas as intermediações.


“A direção nacional reconheceu que apenas os funcionários que entraram antes de 2001 serão enquadrados no PCS porque os que entraram depois não possuem defasagem dos salários. Aqui nós só podemos intermediar as conversas, não temos decisão de aprovar ou não as reivindicações”, explicou o assessor de comunicação da CBTU, Edfranklin da Silva.


Amanhã os sindicatos dos ferroviários de todo o país terão uma reunião com a CBTU para negociar as questões do PCS. Mas a categoria não dispensa a possibilidade de fazer uma greve caso não sejam aceitas as reivindicações.

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Fonte: Tribuna do Norte (RN)

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