A integração dos modais de transporte pode ser, para o Rio Grande do Norte, uma inovação capaz de destravar a logística. Há projetos nesse sentido sendo esboçados neste momento, mas nenhum com previsão, pelo menos anunciada, de ficar pronto em curto prazo.
Uma das saídas em estudo é a construção de um porto para granéis em Porto do Mangue, que faria parte, porém, de um sistema de transporte mais amplo, integrando o terminal a ferrovias. Pelo projeto do governo, produtos como ferro, cimento e calcário sairiam de seus pólos produtivos em trens e seriam descarregados numa correia transportadora sobre o mar, no porto. Da correia eles seguiriam direto para os navios de exportação, processo que tornaria a movimentação mais eficiente e barata.
Eficiência e redução de custos que estão na mira da Mhag. A mineradora vem desenvolvendo estudos paralelos aos do governo para simplificar a logística de transporte do minério que produz em Jucurutu e expandir os negócios. A idéia é elevar a produção, que vinha num ritmo anual de 400 mil toneladas de minério, para 1,2 milhão de toneladas em 2009 e saltar para 12 milhões/ano até o final de 2011. ‘‘Mas a logística é cara. Envolve caminhões, trens e longas distâncias. Queremos encurtar essas distâncias para ganhar competitividade’’, disse o presidente, Luís Nepomuceno, em entrevista anterior ao Diário de Natal. O Aeroporto de São Gonçalo do Amarante é outro pensado para ser multimodal. Funcionaria integrado a ferrovias, rodovias e o porto para permitir o escoamento mais eficiente da produção do estado. O projeto caminha, porém, a passos de cágado. Neste momento estão em execução as obras das pistas de pouso, decolagem e taxiamento, com prazo de conclusão dos serviços previstos para abril de 2009, segundo o gerente da obra, Ibernon Gomes. Isso quase uma década depois de concebido o projeto.
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