Siderúrgicas asiáticas aderem à verticalização

A siderurgia asiática aderiu à onda da verticalização, uma estratégia global da indústria do aço para reduzir a dependência de fornecimento da matéria-prima das três gigantes do minério – Vale do Rio Doce, Rio Tinto e BHP Billiton -, que juntas dominam quase 80% das vendas de minério de ferro no mercado transoceânico e com isso ditam os preços. As cinco irmãs japonesas Nippon Steel, JFE, Sumitomo, Kobe Steel e Nisshin Steel e a trading Itochu Corporation se uniram em consórcio com a Posco, principal fabricante de aço da Coréia do Sul, para garantir uma nova base de suprimento no Brasil. Todas são tradicionais clientes da Vale. 


O consórcio nipo-coreano, liderado pela Itochu, comprou por US$ 3,12 bilhões, à vista, uma participação de 40% na Namisa, subsidiária Cia. Siderúrgica Nacional (CSN) que fica na região ferrífera de Minas Gerais. A operação, que será concluída na terça-feira, representa valor total de US$ 7,8 bilhões por 100% da Namisa, dentro das expectativas do mercado para o negócio – US$ 7 bilhões a US$ 10 bilhões. Segundo relatório do Credit Suisse os asiáticos pagaram US$ 230 por tonelada do minério de ferro da Namisa. O cálculo foi feito em cima de uma expectativa de produção futura da mina de 38 milhões de toneladas de minério em 2013. 


A transação prevê uma participação de 10% do consórcio nipo-coreano na ferrovia MRS, serviços portuários que a CSN deverá prestar à Namisa e contratos de longo prazo de venda de minério de ferro para as cinco siderúrgicas e a trading Itochu, a partir de 2009. No ano que vem, a Namisa tem previsão de vendas de 18 milhões de toneladas, conforme comunicado da Itochu. Segundo a trading japonesa, com a conclusão do plano de expansão da Namisa, em 2013, a mineradora deverá fornecer aos consorciados mais 14 milhões de toneladas de minério. 


Números divulgados pela própria CSN em palestra para investidores recentemente apontam que a Namisa vai produzir este ano 7,5 milhões e conta com mais 6 milhões de toneladas compradas de terceiros, somando 13,5 milhões de toneladas. Para 2009, estima produção própria de 10 milhões de toneladas e mais 8 milhões de terceiros. Em 2011, a mina deverá atingir o auge com 16,5 milhões de minério próprio e 15 milhões de toneladas adquiridas de terceiros. Desse volume, o consórcio nipo-coreano terá direito a 40% ou 12,6 milhões de toneladas. 


A CSN projeta chegar em 2012 com uma produção recorde de 101 milhões de toneladas de minério de ferro, incluindo a totalidade da Namisa, mais a produção de sua grande mina, Casa de Pedra, em fase de expansão para atingir 70 milhões de toneladas.. Atualmente, a mineradora consome 8 milhões de toneladas por ano para consumo próprio em sua usina de Volta Redonda (RJ) e vende e vende 3,5 milhões de toneladas no mercado interno. 


Para os analistas do Credit Suisse, a venda da Namisa foi muito positiva para a CSN e prova que o negócio de minério de ferro não está morto, apesar de desvalorizado neste momento pelo mercado de capitais devido a receio de uma recessão profunda decorrente da crise financeira internacional. O produto ainda desperta interesse grande nas siderúrgicas. Em menos de dois meses, foram realizados no Brasil dois negócios de porte: a compra da London Mining pela ArcelorMittal por US$ 810 milhões e agora os 40% da Namisa pelo consórcio asiático. 


Um experiente executivo do setor observa que a inédita elevação dos preços do minério nos últimos cinco anos, de cerca de 400%, ainda justifica aquisição de minas da matéria-prima por siderúrgicas. “Mesmo com queda em 2009, não se voltará aos patamares de 2002 ou 2003”, diz. 


No Japão, a compra da Namisa repercutiu bem. Foi vista como um negócio emblemático por ser o primeiro de minério de ferro de um consórcio nipo-coreano. Devido ao crédito escasso no mundo, as japonesas solicitaram apoio financeiro de organizações governamentais, como Ministério da Economia, Comércio e Indústria, o Japan Bank for International Cooperation (JBIC) e Eximbank japonês. 

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Fonte: Valor Online

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