A América Latina Logística (ALL Logística) pretende otimizar ao máximo a utilização sua malha ferroviária, com o objetivo de reduzir custos, garantindo os investimentos programados para aos próximos anos. A estratégia permitirá que a empresa prossiga com os aportes de R$ 4 bilhões previstos para até 2013, em sua infra-estrutura. A companhia trabalha com uma meta de crescimento de 12% ao ano, nos volumes transportados na próxima década.
A operadora da malha ferroviária, especialmente do sul País, vê a continuidade da aquisição de locomotivas e vagões, bem como de terminais e vias ferroviárias (trilhos). Pelo menos foi isso que garantiu Sérgio Messias Pedreiro, diretor financeiro e de Relações com Investidores da ALL, em encontro com empresários do sul do Brasil, de acordo com informações divulgadas pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). “A malha que temos hoje é subutilizada. Podemos fazer até cinco vezes mais do que fazemos”, teria comentado o executivo, ao apresentar o projeto de avanço da ALL nos próximos dez anos de trabalho.
Apesar do grande porte no montante a ser investido pela operadora de carga ferroviária dentro de alguns anos, ela seguiu a atitude conservadora de algumas corporações e reduziu sua previsão de aportes para 2009, de R$ 700 milhões para R$ 600 milhões, conforme comunicou a empresa, além de rever a meta de avanço nos volumes transportados para até 12%. Antes ela estipulara um teto de avanço de 14%, no próximo ano.
Como justificativa para a retração, a ALL foi pelo mesmo caminho de outras empresas, por conta das incertezas geradas pela crise financeira internacional, que reduziu o crédito e elevou o dólar. Mas, a longo prazo, continuam os planos da empresa de aportar pelo menos R$ 700 milhões por ano, nos períodos seguintes.
Matriz
Seguindo a argumentação do setor ferroviário de que o transporte de cargas por trilhos é mais barato, limpo e seguro, a ALL quer atrair mais volume de carga ao modal. “Traríamos a matriz para um patamar internacional, aliviando a sobrecarga no modal rodoviário”, como disse o diretor financeiro. Hoje, a matriz está dividida em 64% de rodoviária e 9% de ferroviária. A ALL planeja reverter o quadro.
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